Lula já havia declarado que “não governa se não for ao STF”
Ao comentar a decisão de acionar o STF (Supremo Tribunal Federal) para pedir a validação do decreto que aumenta a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, que não consegue governar se não recorrer ao Supremo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já iniciaria esta quinta-feira (16/7) com vitória sobre o Congresso, diante do restabelecimento da maior parte do seu decreto de reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Resolveu aproveitar o bom momento e deixou de lado o mood “paz e amor”, esperando emparedar o Legislativo — ou pelo menos livrar o Executivo de críticas –, ao vetar o aumento do número de deputados de 513 para 531.
REALACIONADO:
Ao vetar Lula tenta aproveitar a chance para ganho de popularidade
Nas palavras de aliados, se Lula viveu um “inferno astral” no início de 2025 com a crise do Pix e o escândalo da farra do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), agora vive um “paraíso astral”.
Os termos da astronomia traduzem momentos em que tudo dá errado e em que tudo dá certo, respectivamente.
De junho até o momento, o Congresso foi emparedado pela opinião pública sequencialmente, e o Planalto sente que ganhou terreno em todas.
A primeira foi quando deputados e senadores aumentaram a conta de luz dos brasileiros ao derrubar vetos de Lula.
Em seguida, o PT e a esquerda tiveram um raro sucesso nas redes, desgastando o Legislativo pela sua resistência a taxar os mais ricos e fundos isentos após a derrubada do decreto do IOF.
Lula ignorou ala política
Segundo interlocutores do presidente, Lula foi aconselhado por aliados no Congresso a não vetar o aumento do número de deputados.
A saída ideal, para essa ala política, seria não tomar nenhuma decisão.
O prazo para vetar ou prorrogar o projeto seria encerrado nesta quarta-feira (16/7). Deixando o texto “passar”, o Congresso poderia promulgar o aumento de parlamentares sem a digital do Executivo.
Seria uma maneira de atender ao interesse corporativo do Legislativo sem deixar o Executivo ser arrastado para a maré negativa frente à opinião pública. Ao vetar, porém, Lula decidiu tentar aproveitar a chance para eventual ganho de popularidade.