CLDF celebra meio século do curso de enfermagem da UnB

Sessão solene em homenagem ao jubileu de ouro do curso de Enfermagem da Universidade de Brasília (UnB), ocorre no dia 19 de setembro de 2025 no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Mesa: Maria José dos Santos Rossi, docente aposentada mais antiga do curso de Enfermagem da UnB Thatianny Tanferri De Brito Paranaguá, Coordenadora do Curso de Enfermagem da UnB Solange Baraldi, Vice-Diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB Deputada Dayse Amarílio, Presidente da Comissão de Saúde da CLDF Elaine Barros Ferreira, Chefe do Departamento de Enfermagem da UnB Mariana André Honorato Franzoi, Coordenadora do Centro de Memória da Enfermagem da UnB Bruna Coelho Magalhães, Presidente do Centro Acadêmico de Enfermagem da UnB Foto: Andressa Anholete/Agência CLDF

Foto: Andressa Anholete/ Agência CLDF

Alunos antigos e atuais, técnicos e docentes do curso de enfermagem da Universidade de Brasília (UnB) comemoraram os 50 anos do curso nesta sexta-feira (19), na Câmara Legislativa. O evento organizado pela distrital e enfermeira Dayse Amarilio (PSB) marcou o jubileu de ouro do curso.

“A UnB fez parte de um sonho de vida. Costumo brincar que só estou aqui como deputada porque eu quis ser enfermeira. Passava pela UnB e achava algo tão distante de uma menina de periferia, mas foi ali que Deus começou a construir uma história na minha vida, uma história de luta pelo SUS, uma história de acreditar na ciência, de cuidado com humanidade, coisas que aprendemos no dia a dia da universidade,” destacou a parlamentar.

Deputada Dayse Amarilio. Foto: Andressa Anholete/ Agência CLDF


A presidente do Centro Acadêmico (CA) da UnB, Bruna Coelho Magalhães, apontou que a história da enfermagem na Universidade de Brasília é a de quem nunca deixou de lutar por uma universidade pública gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. O nome do CA homenageia a primeira docente enfermeira da UnB, Maria José dos Santos Rossi, que também compareceu à sessão. Maria citou as colegas que ajudaram a criar o curso e refletiu sobre desafios da carreira: “Como uma profissão tradicionalmente ligada ao gênero feminino, a enfermagem sofre os preconceitos da sociedade contra as mulheres, que são a maioria invisível considerada como minoria no nosso contexto social”, criticou.

Com a experiência de vínculos diferentes com a enfermagem da UnB —  graduação, mestrado, doutorado e docência — a coordenadora do Centro de Memória da Enfermagem da Unb, Mariana Franzoi, traçou um panorama sobre a profissão. “Seja na docência ou não, estamos sempre no vir a ser de aprender e ensinar, como diz o nosso mestre Paulo Freire. A enfermagem transforma o mundo de cada pessoa que a gente encontra, cuida, ensina”, sintetizou.

Foto: Andressa Anholete/ Agência CLDF


Nesse sentido, a chefe do Departamento de Enfermagem da UnB, Elaine Ferreira, afirmou que o trabalho na UnB tem impacto social. Para a coordenadora do curso, Thatianny Paranagua, isso pode ser percebida por meio do legado dos egressos em áreas distintas, como na ciência, na política ou na saúde.

Ao final, a vice-diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB, Solange Baraldi, resgatou marcos da área: a enfermagem é uma profissão de saúde reconhecida desde a segunda metade do século XIX. No Brasil, a enfermagem moderna foi introduzida em 1923, com a criação do Departamento de Saúde Pública, embora o ensino tenha começado oficialmente em 1890, por meio do Decreto 791.

Daniela Reis – Agência CLDF