Bombeiros ensinam primeiros-socorros nas escolas cívico-militares do DF

(Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília)
(Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília)

Ao som do clássico Stayin’ Alive, dos Bee Gees, estudantes do Centro de Ensino Myriam Ervilha aprenderam, de forma prática e dinâmica, técnicas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). A atividade integra o Projeto de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), promovido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), que já alcança 17 escolas cívico-militares do DF.

O programa oferece treinamento em primeiros socorros para lidar com emergências como engasgos, hemorragias, mal súbito, convulsões e intoxicações, tanto em adultos quanto em crianças e bebês. A ação atende à Lei Lucas (Lei Federal nº 13.722/2018), que determina a capacitação de professores e funcionários em noções básicas de primeiros socorros em instituições de ensino.

De acordo com o coronel Luciano Antunes Paz, o objetivo é contemplar todas as escolas até setembro. “O planejamento prevê alternar os alunos para que todos sejam beneficiados. Depois, estendemos o treinamento a professores e funcionários”, explicou.

A iniciativa conta com recursos de emenda parlamentar de R$ 450 mil, destinados pelo deputado distrital Roosevelt. Com o valor, o CBMDF adquiriu manequins, bolsas de primeiros socorros, pranchas rígidas e materiais de consumo, que ficam disponíveis em cinco escolas-base para serem usados em diferentes etapas do projeto.

O projeto prevê aulas práticas e teóricas com dinâmicas como simulação de hemorragias e choques elétricos

As aulas são ministradas por bombeiros militares da ativa e veteranos, que orientam e corrigem os estudantes em simulações. O aprendizado já tem impacto na prática: um aluno conseguiu auxiliar uma pessoa em crise convulsiva em uma parada de ônibus, chamando atenção pela postura correta durante o atendimento.

Para o diretor do CED Myriam Ervilha, José Aldias, o projeto fortalece a vocação da escola, inaugurada em maio de 2025, como espaço de formação cidadã. Atualmente, 800 estudantes participam das atividades, que acontecem no contraturno escolar, e a expectativa é que mais 856 sejam atendidos no próximo ciclo.

Geovana Beatriz Silveira pretende estudar medicina e acredita que as aulas podem ajudá-la na escolha profissional

A estudante Geovana Beatriz Silveira, de 14 anos, vê a experiência como determinante para o futuro. “Com esse conhecimento, posso ajudar em emergências e também ter mais preparo para seguir carreira na área da saúde ou no Exército”, disse.

A Secretaria de Educação do DF apoia o projeto com equipes pedagógicas, recursos audiovisuais, alimentação e emissão de certificados para os alunos concluintes.