O governo de Maduro exigiu que se cessem imediatamente essas ações
O governo venezuelano afirmou neste sábado (13) que um navio naufragou “ilegalmente” dois norte-americanos a bordo e ocupou por seis horas uma embarcação venezuelana com nove pescadores que se encontravam nas águas do país sul-americano, com a intenção de justificar “uma escalada de guerra” no Caribe.
– Ontem, um pescador de atum venezuelano foi atacado de forma hostil por uma unidade da Marinha dos Estados Unidos, uma unidade militar, o contratorpedeiro Jason Dunham, matrícula DDG-109, equipado com importantes armas, equipamentos militares e armas de guerra – denunciou o Ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, em comunicado transmitido pela emissora estatal “Venezolana Televisión” (VTV).
Gil leu um comunicado que afirmava que “o navio de guerra enviou 18 soldados com armas longas para abordar e ocupar uma embarcação pequena e inofensiva, impedindo a comunicação e o funcionamento normal de dois pescadores que realizavam atividades de pesca autorizadas”.
Tratava-se, segundo a nota, de “humildes pescadores de atum, que navegam a 48 milhas náuticas da ilha de La Blanquilla, em águas pertencentes à Zona Econômica Exclusiva (ZEE) da Venezuela”.
O governo venezuelano garantiu que a Marinha Nacional Bolivariana “monitorou e registrou o incidente minuto a minuto com seus meios aéreos, navais e de vigilância, acompanhando os pescadores em todos os momentos até sua libertação”.
Para o governo de Nicolás Maduro, este incidente “reflete a conduta vergonhosa de líderes políticos de Washington que, irresponsavelmente, utilizam recursos militares de alto custo e soldados treinados como instrumentos para fabricar pretextos para aventuras bélicas”.
A Venezuela exige que os Estados Unidos “cessem imediatamente essas ações que colocam em risco a segurança e a paz do Caribe”, ao mesmo tempo em que pede aos americanos que “reconheçam a gravidade dessas manobras e rejeitem o uso de seus soldados como peças de sacrifício para apoiar os desejos de uma elite lucrativa e predadora”.
Os Estados Unidos permaneceram posicionados ao longo da costa venezuelana, ouvindo navios militares com mísseis e um submarino nuclear, e ordenaram o envio de dez caças F-35 para uma base aérea em Porto Rico, o que a Venezuela denuncia como uma tentativa de “mudança de regime”.
O governo de Donald Trump acusa Nicolás Maduro de liderar o chamado Cartel dos Sóis, que considera uma organização terrorista supostamente ligada ao narcotráfico, motivo da mobilização militar no Caribe e do aumento para US$ 50 milhões da recompensa por informações que levem à captura do líder chavista.
*EFE






