Casa Branca pode se pronunciar sobre o assunto
A inclusão do nome do pastor Silas Malafaia no inquérito da Polícia Federal por suposta obstrução no processo sobre a tentativa de golpe de Estado já chegou aos ouvidos de líderes cristãos ligados a Donald Trump e, segundo a jornalista Bela Megale, de O Globo, deve chegar até o presidente dos Estados Unidos.
Um dos líderes que foi notificado da decisão da PF é o reverendo Samuel Rodriguez, pastor da Igreja New Season em Sacramento, Califórnia, e presidente da Conferência Nacional de Liderança Cristã Hispânica (NHCLC, na sigla em inglês). Foi ele quem comandou uma oração na cerimônia de posse do primeiro mandato de Trump, em 2017.
A proximidade de Rodriguez com o presidente norte-americano pode fazer com que a Casa Branca se manifeste a favor de Malafaia, e outros interlocutores poderão agir da mesma forma, contando com o apoio do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que já gravou um vídeo em defesa do pastor.
Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, é investigado por coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O pastor nega envolvimento e afirma não ter sido notificado oficialmente sobre o inquérito.
No Brasil, diversas instituições já se manifestaram em apoio a ele. O Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil (Cimeb) divulgou nota classificando a investigação como “imprópria e injusta”.
A Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE) também criticou a medida, apontando riscos ao devido processo legal e à liberdade de expressão. Além delas, as Frentes Parlamentares Evangélicas no Congresso e no Senado declararam que acompanharão o caso com “atenção e preocupação”.
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