O petista falou sobre os aliados de Bolsonaro acusados de planejar um golpe
Nesta quarta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rejeitou oferecer anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e para os demais aliados investigados por um suposto plano de golpe de Estado. Em entrevista a rádios mineiras, o petista disse que “quem tentou dar um golpe de Estado no Brasil não merece absolvição”.
– As pessoas são muito interessantes. Nem terminou o processo e já querem anistia, ou seja, não acreditam que são inocentes? Deveriam acreditar que são inocentes e não pedir anistia antes do juiz determinar punição e se vai ter punição – disse Lula.
O presidente ainda afirmou que o processo de julgamento é “altamente democrático com direito de defesa” e quem está pedindo anistia é porque tem certeza de que não é inocente.
– Primeiro espera o julgamento, se defendam. Vai ter condenação ou não, vão ter o direito de defender – declarou.
E continuou:
– Haverá o direito de defesa que nunca houve para mim. Para ele [Bolsonaro] vai ter.
Em outra parte da entrevista, Lula comparou ainda os investigados com os militantes do Partido Comunista que foram mortos durante o Regime Militar no Brasil (1964-1985).
– Quem vai decidir o processo é a Justiça. Eu acho que quem tentou dar um golpe, quem articulou inclusive a morte do presidente e do vice-presidente, do presidente do Tribunal Eleitoral, não merece absolvição. Eu acho. Por menos do que eles fizeram, muita gente no Partido Comunista foi morta.
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