Parlamentar deve apresentar projeto na volta do recesso do Legislativo
Na volta dos trabalhos do Congresso, que ocorrerá na primeira semana de fevereiro, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) prepara a apresentação de um projeto que visa classificar a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) como grupo terrorista, medida que segue os moldes de uma norma que foi editada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um dos primeiros atos de seu mandato.
– O PCC deve ser tratado como uma organização terrorista. Talvez seja o caso de se espelhar no ato recente do Trump que equiparou juridicamente os grandes cartéis de drogas a organizações terroristas – declarou o parlamentar brasileiro.
Logo após tomar posse, o presidente americano publicou uma série de decretos, entre eles um que passou a designar, por exemplo, carteis de drogas como organizações terroristas. Com isso, esses grupos criminosos passaram a ficar no mesmo patamar de organizações como a Al-Qaeda.
– Ao invocar o Alien Enemies Act de 1798, direcionarei nosso governo a usar todo o poder imenso da aplicação da lei federal e estadual para eliminar a presença de todas as gangues estrangeiras e redes criminosas que trazem crimes devastadores para o solo dos EUA, incluindo nossas cidades e centros urbanos – disse Trump em seu primeiro discurso após tomar posse.
SOBRE O PLANO DE ATAQUE A MORO
Moro se tornou alvo do PCC após atuar pela transferência para presídios federais de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e mais 21 suspeitos de integrar a facção durante a época em que foi ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro.
Em 2023 a Polícia Federal prendeu diversas pessoas ligadas ao PCC acusadas de participar de um plano para atacar e matar servidores públicos e autoridades, incluindo Moro e seus familiares. Na última semana, oito membros da organização criminosa foram condenados e receberam penas de até 14 anos e nove meses de prisão por envolvimento no plano.
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