Presidente eleito dos EUA deu declarações nesta segunda-feira
Nesta segunda-feira (16), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu suas propostas para elevar tarifas para produtos estrangeiros, e disse que são uma resposta a países que taxam as exportações americanas. Ao citar exemplos de nações que teriam tarifas elevadas, o republicano citou Brasil e Índia.
Ele deu declarações em uma coletiva de imprensa em Mar-a-largo, a primeira desde que foi eleito.
– Quem nos taxar, taxaremos de volta. Tarifas farão nosso país rico – afirmou.
Questionado sobre o impacto inflacionário da imposição de novas tarifas, Trump respondeu que, em seu primeiro mandato, elevou uma série de tarifas, e que o movimento não aumentou a inflação. O republicano defendeu ainda uma série de outras medidas de seu antigo governo, especialmente os cortes de impostos.
Sobre as relações com a China, Trump fez uma série de elogios ao líder Xi Jinping, ainda que não tenha confirmado a presença do chinês em sua posse. Segundo o americano, ambos contavam com uma boa relação quando estavam no poder, mas a pandemia alterou a situação. Por sua vez, ele disse que Xi é um amigo, e que “China e EUA podem resolver todos os problemas do mundo”.
Trump anunciou ainda que o Softbank fará investimento de 100 bilhões de dólares nos EUA ao longo dos próximos quatro anos, demonstrando confiança no mandato, afirmou. O foco será em inteligência artificial e outras indústrias do futuro. O presidente eleito repetiu uma proposta de que aqueles que investirem mais de 1 bilhão de dólares, terá facilidades com licenças federais, incluindo ambientais. O republicano defendeu os planos para aumento da exploração de hidrocarbonetos no país, dizendo que há energia suficiente nos Estados Unidos para que não seja necessário importar de outros lugares, citando nominalmente a Venezuela.
Trump falou bastante sobre a guerra da Ucrânia, que admitiu ser uma questão mais complicada de se resolver do que os atuais conflitos no Oriente Médio. Ainda sim, ele disse que conversará com o presidente russo Vladimir Putin e com o ucraniano Volodimir Zelenski para colocar um fim à guerra.
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ABC pagará 15 milhões de dólares para Trump por difamação
O apresentador George Stephanopoulos acusou o empresário de estupro
A rede de notícias americana ABC News e o apresentador George Stephanopoulos concordaram em pagar 15 milhões de dólares (aproximadamente R$ 92,2 milhões) ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. O acordo foi anunciado no último sábado (14) e resolve uma ação por difamação movida por Trump em julho deste ano, na corte do distrito sul da Flórida.
Trump processou Stephanopoulos por comentários feitos sobre o caso da escritora E. Jean Carroll, alegando que o apresentador sabia que as declarações eram falsas. Além do pagamento milionário, os documentos judiciais indicam que o valor será destinado à criação da Biblioteca Presidencial Donald Trump. A ABC também pagará 1 milhão de dólares (R$ 6,1 milhões) em honorários advocatícios e, junto com Stephanopoulos, fará declarações públicas de “arrependimento”.
Com o acordo, as partes evitaram um julgamento que estava prestes a começar. Trump acusava Stephanopoulos de afirmar falsamente que ele havia sido condenado por estuprar Carroll.
Em maio, um júri já havia responsabilizado Trump por abuso sexual contra Carroll em um caso ocorrido nos anos 90. Trump foi condenado a pagar 5 milhões de dólares (R$ 30,7 milhões) à escritora. Em outra sentença, foi ordenado o pagamento de mais 83,3 milhões de dólares (R$ 512 milhões) à escritora por difamação.
O juiz Lewis Kaplan, responsável pelos casos, explicou que o júri não considerou Trump culpado de estupro dentro da definição técnica da lei penal de Nova Iorque. Ele ressaltou que a definição legal de estupro é mais restrita do que o uso comum do termo em outros contextos.
*Com informações DW e EFE