Petição não é da defesa constituída pelo cantor; advogados do artista pedem que solicitação seja desconsiderada
Um grupo de quatro advogados ingressou nesta segunda-feira (23) com um pedido na Justiça de Pernambuco para impedir a prisão do cantor Gusttavo Lima. A petição, porém, foi apresentada por uma banca coordenada pelo advogado Nelson Willians e não tem relação com a defesa constituída pelo artista.
No pedido, os advogados solicitam a extensão a Gusttavo Lima dos efeitos da decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão que mandou soltar a advogada e influencer Deolane Bezerra e outros 16 presos da Operação Integration.
Os defensores dizem que a prisão do artista deve ser revogada para que ele “continue cumprindo com sua agenda de cantor, com diversos contratos celebrados” e pedem que “não lhe seja fixada qualquer medida cautelar alternativa à prisão”, o que incluiria a suspensão de seu passaporte.
Os advogados ressaltam que, no habeas corpus que beneficiou Deolane, o desembargador Eduardo Maranhão ressaltou que o Ministério Público não se mostrou convicto em relação às acusações e ao oferecimento da denúncia contra os alvos da Operação Integration.
– O Ministério Público, como muito bem ponderado por Vossa Excelência, sequer se mostrou convicto no oferecimento da denúncia dos investigados, incluindo o peticionário [Gusttavo Lima] – apontaram.
Após a repercussão do caso, porém, os advogados Delmiro Dantas Campos Neto, Matteus Macedo e Cláudio Bessas afirmaram que a banca de Nelson Willians não representa o cantor e que não tem procuração para tal. A defesa constituída por Gusttavo disse, inclusive, que chegou a pedir a desconsideração do habeas corpus apresentado pela banca de Willians.