Nove parlamentares retiraram seus nomes e apenas 15 reafirmaram o pedido de investigação dos atos antidemocráticos do início do ano
A revista Redação Oeste publicou um artigo coma seguinte pergunta?
Por que Lula teme a CPI dos atos de 8 de janeiro?
Num ambiente com o mínimo de honestidade e de determinação sincera em apurar o que realmente houve, o governo deveria ser o primeiro a apoiar a investigação
De todos os esforços que o governo Lula fez durante estes seus primeiros meses, poucos têm sido tão frenéticos quanto o seu ataque sem trégua para impedir a instalação de uma CPI destinada a investigar os atos de violência contra os edifícios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, em Brasília. É como se esse fosse o principal, ou o único, programa de governo do PT até agora.
Não é o avanço da economia, a criação de empregos, ou o “combate fome”, ou qualquer das miragens prometidas por Lula durante a campanha eleitoral. Não é um projeto para construir alguma coisa; é para destruir.
É, em suma, uma batalha campal na qual está valendo tudo, a começar pela compra aberta de votos de deputados e de senadores. Fique contra a CPI. Ganhe, em troca, verba pública, cargos no governo e outras esmolas gordas.
Por que será, não? Num ambiente em que houvesse um mínimo de honestidade e de determinação sincera em apurar o que realmente houve, o governo Lula deveria ser o primeiro e o mais radical defensor da CPI – não foi ele, afinal, a vítima principal do ataque “terrorista” de Brasília? Não era Lula que os autores dos atos de vandalismo queriam derrubar? Porque, então, essa súbita guerra contra a tentativa de esclarecer os fatos por parte do Congresso? Nos primeiros dias, o PT, a esquerda e adjacências se lançaram a uma gritaria histérica em favor da CPI – sua ideia fixa, na ocasião, era reprimir, punir, prender e esfolar os “golpistas”.
O presidente do Senado, num momento em que ficou especialmente excitado nas suas funções como despachante de Lula no Congresso, chegou a dizer que a “primeira assinatura” pedindo a CPI seria a sua. Hoje está entre os seus principais inimigos, da mesma forma como Lula e o PT. A neurose inicial, depois de alguns dias, foi sendo substituída pelo silêncio – não se falou mais em caçar “terroristas”, nem em investigar os fatos, nem em fazer mais nada. Transformou-se, hoje, em hostilidade aberta à CPI; quem é a favor da apuração é inimigo.
A desculpa do governo é uma piada: dizem que a CPI iria “tumultuar” a atmosfera política e “prejudicar as apurações”. Tumulto? Que tumulto? O tumulto já houve, em janeiro; o que importa é que ele seja apurado de verdade. De mais a mais, desde quando Lula e o PT se preocuparam em evitar tumulto? Sua história é fazer exatamente o contrário – a última baderna que promoveram foi a alucinada “CPI da Covid”, quando passaram seis meses inteiros usando o aparelho legal e as verbas do Congresso para fazer uma grosseira campanha política contra o adversário nas eleições presidenciais de 2022.
Não apuraram absolutamente nada; toda essa palhaçada de “CPI da Covid” não resultou, até agora, numa única ação penal. Lula e o seu Sistema, na verdade, não querem a CPI do 8 de janeiro porque não querem, de jeito nenhum, que se saiba nada mais sobre os crimes cometidos no ataque aos edifícios-sede dos Três Poderes da República.
Veja a lista dos senadores que retiraram apoio à investigação:
Flávio Arns (PSB-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
Leila Barros (PDT-DF)
Fabiano Contarato (PT-ES)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Zequinha Marinho (PL-PA)
Zenaide Maia (PSD-RN)
Weverton Rocha (PDT-MA)
Angelo Coronel (PSD-BA)
Conforme matéria do site o Antagonista, A CPI dos atos de 8 de janeiro no Senado foi esvaziada após intensa mobilização do Palácio do Planalto. Os senadores tinham até sexta-feira última para confirmar ou não seu apoio à investigação. Mas apenas 15 parlamentares reafirmaram que querem a CPI. Ela precisava de pelo menos 27 assinaturas.
Como registramos, na lista dos parlamentares que voltaram a endossar a investigação estão Alessandro Vieira (PSDB), Marcos do Val (Podemos) e Omar Aziz (PSD). Em contrapartida, nove senadores retiraram seus nomes, entre os quais: Humberto Costa (PT-PE), Leila Barros (PDT-DF), Fabiano Contarato (PT-ES) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Outros senadores não retiraram seus nomes, mas resolveram ficar em cima do muro. Na prática, deixaram o assunto caducar. Entre eles, Jorge Kajuru, líder do PSB no Senado.
Nove parlamentares retiram apoio à CPI dos atos de 8 de janeiro no Senado; veja lista
Até o momento, apenas 15 senadores reafirmaram o endosso à investigação solicitada pela senadora Soraya Thronicke (União-MS)
Depois de um intenso assédio do Palácio do Planalto, sete senadores já retiraram apoio à CPI dos atos de 8 de janeiro. O pedido no Senado foi capitaneado pela senadora Soraya Thronicke (União-MS).
Até o momento, apenas 15 senadores reafirmaram as suas assinaturas. A investigação chegou a ter o apoio de 42 parlamentares. São necessários 27 assinaturas para que a comissão seja instalada.
Este site foi o primeiro a antecipar a articulação do Planalto para esvaziar a investigação. Com receio de perder o controle da CPI, o governo federal tem trabalhado intensamente para esvaziar as duas comissões. A do Senado e a mista.
Veja a lista dos senadores que retiraram apoio à investigação:
Flávio Arns (PSB-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
Leila Barros (PDT-DF)
Fabiano Contarato (PT-ES)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Zequinha Marinho (PL-PA)
Zenaide Maia (PSD-RN)
Weverton Rocha (PDT-MA)
Angelo Coronel (PSD-BA)
Fonte: O Antagonista