Sergio Moro tenta se explicar. Desespero?

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro apresentou uma nota em que se defendeu das acusações de parcialidade baseadas nas conversas interceptadas por um hacker e tornadas públicas, por decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF.

“A interação entre juízes, procuradores e advogados são comuns em nossa praxe jurídica, não havendo nada de ilícito, por exemplo, em perguntar sobre conteúdo da denúncia, na solicitação para manifestação com urgência em processos, inclusive para decidir sobre pedidos de liberdade provisória, ou no encaminhamento de notícia de crime ao MPF”, ressaltou.

Alguns juristas descordam.

Segundos vazamentos publicados com autorização do SSTF, houveram grandes combinações e arranjos antes de ações e decisões em todo processo da Lava Jato, que culminou na prisão do ex-presidente Lula.

Comenta-se nos bastidores de Brasília que, o novo presidente leito na câmara dos deputados, Arthur Lira, é mais corajoso que o ex-presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) e se for o caso, o novo presidente da câmara, por exemplo, não titubearia para instalar uma CPI da Lava Jato.

Como Moro é desafeto do presidente Jair Bolsonaro, com quem sonhava segundo conversas de bastidores, disputar a eleição de 2022. Na hipótese, uma possível CPI da Lava Jato, poderia deixar o ex-juiz Moro em situação difícil.

Na medida em que Moro vai se consolidando como possível político, as coisas vão de desenhando em desfavor do ex-juiz.

Segundo Chico Alves, colunista do UOL o Único recurso de Moro é o autonegacionismo: “Não sei se falei”.