Dados divulgado pelo ministro da Saúde mostram que 734 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Do total, 589 mil foram diagnosticadas e 145 mil ainda não sabem que têm o vírus. A incidência do vírus no país é 20,4 casos por grupo de 100 mil habitantes, mas a equivalência sobe para 41,3 no Rio Grande do Sul e para 33,4 no estado do Amazonas vem em seguida com 33,4 casos por 100 mil habitantes. A incidência é maior no público masculino que no feminino, com 26,9 e 14,1 casos em 100 mil habitantes, respectivamente.
Entre os jovens que têm entre 15 e 24 anos a incidência tem aumentado, passando de 9,6 casos por 100 mil habitantes em 2004, para 12,7 casos por 100 mil habitantes em 2013. Ao todo, 4.414 novos jovens foram detectados com o vírus em 2013, enquanto em 2004 eram 3.453.
A nova campanha do Ministério da Saúde é voltada para prevenção, testes e tratamento, e tem como público-alvo os jovens. Usando a gíria #partiuteste, a campanha também vai ter material segmentado para a população jovem de gays e travestis. “Camisinha, teste e tratamento é a estratégia central que estamos trabalhando, e [a campanha] vai trabalhar o tempo inteiro com a prevenção combinada de uso do preservativo, testes e tratamento”, disse Chioro.
Ao todo, 0,4% da população brasileira tem HIV/Aids, mas quando observado o panorama em públicos específicos, esse número é maior. Entre gays e homens que fazem sexo com homens maiores de 18 anos, 10,5% das pessoas têm o vírus, na população que usa crack, 5% têm o vírus.
Depois que um protocolo do Ministério da Saúde incluiu pessoas sem sintomas, mas com HIV, no tratamento com antirretrovirais, aumentou 29% o número de novos pacientes se tratando entre 2013 e 2014. Até dezembro do ano passado, o tratamento só era oferecido a quem tinha alta carga viral. Desde a publicação do protocolo, 61.221 pessoas começaram o tratamento. Segundo o ministério, a mortalidade pela aids caiu 67,3% nos últimos dez anos.
Uma forma de prevenir a doença em grupos com maior exposição ao vírus, como profissionais do sexo e homens que fazem sexo com homens, está sendo estudada pelo Ministério da Saúde. Segundo Jarbas Barbosa, Secretário de Vigilância em Saúde, a eficácia da prevenção com antirretrovirais já foi comprovada, mas dois grupos brasileiros estão estudando se pessoas sem o vírus vão se dispor a tomar os remédios de forma preventiva, sem ter o vírus. É possível que até a metade de 2015 essa prevenção esteja disponível na rede pública.
O Ministério da Saúde lançou hoje o Fundo Nacional de Sustentabilidade para organizações da sociedade civil que trabalham no campo das DST/Aids e hepatites virais. A meta do fundo é arrecadar recursos da inciativa privada para financiar projetos sociais. O fundo será gerido por um grupo ligado a Universidade Federal de Santa Catarina.