Influenciadora expõe Benedita e ministras após visita ao Alemão

Carla Castro Foto: Reprodução/Print de vídeo Instagram Carla Castro
Carla Castro Foto: Reprodução/Print de vídeo Instagram Carla Castro

Carla Castro publicou um vídeo nas redes sociais

A influenciadora digital e terapeuta parental Carla Castro usou as redes sociais para criticar a visita que a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e as ministras do governo Lula Macaé Evaristo (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial) fizeram ao Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Por meio de um vídeo, Carla ironizou a presença delas no local.

Depois, a influenciadora relembrou de casos de pessoas motas em tiroteios e citou que os familiares não receberam a visita de autoridades.

– Estou sabendo que a senhora está trabalhando com o negócio de condolências agora. A senhora sua corja, desculpa! A senhora e as suas amigas, né? A ministra do coisa qualquer e a ministra do direito dos desumanos, direito dos traficantes, direito dos bandidos. A ministra dos direitos aí do Lula. Então, eu só acho que a senhora está esquecendo algumas pessoas. E eu vim aqui para lembrar a senhora. Eu acho que a senhora deveria levar condolências para o filho de 4 anos da Verônica, que morreu com um tiro na cabeça dado pelo Comando Vermelho. A Verônica estava indo passear com a família e tinha um bloqueio feito pelo Comando Vermelho. Ela foi mexer e aí o que aconteceu: os bandidos atiraram contra o carro dela, um tiro pegou na cabeça e ela morreu na frente do filho. A família está bastante abalada. A família da Bárbara, que morreu essa semana. [Ela tinha] 28 anos, estava indo trabalhar, [houve] uma troca de tiros entre traficantes e a Bárbara acabou sendo atingida. A família também está muito abalada – falou.

A visita aconteceu na última quinta-feira (30). Outros deputados da esquerda também acompanharam as ministras, após a megaoperação contra o tráfico de drogas realizada pelo governo do estado do Rio de Janeiro.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Reimont (PT-RJ), esteve presente e também a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ). O encontro aconteceu na Central Única das Favelas (CUFA), com o objetivo de saber sobre as mortes ocorridas no local.

Na última quarta (29), o grupo de parlamentares fluminenses fez uma série de críticas ao governador Cláudio Castro (PL) por causa da operação e chegou a pedir sua prisão preventiva. No documento, eles afirmam que há “risco concreto à ordem pública e à investigação” e pedem que Castro seja afastado para evitar novas ações semelhantes.

O texto cita ainda que o governo do Rio teria deixado de usar integralmente recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública. Em entrevista coletiva, os deputados acusaram o governo fluminense de promover uma “chacina continuada” contra moradores de comunidades dominadas pelo tráfico.