RJ: 72% apoiam que facções sejam enquadradas como terroristas

Megaoperação policial foi realizada no Rio de Janeiro Foto: EFE/ Antonio Lacerda
Megaoperação policial foi realizada no Rio de Janeiro Foto: EFE/ Antonio Lacerda

Pesquisa ouviu 1,5 mil eleitores em 40 municípios do Rio de Janeiro, entre 30 e 31 de outubro de 2025

Ao contrário do entendimento do governo Lula (PT), quase três em cada quatro moradores do Rio de Janeiro (72%) apoiam uma mudança legislativa que classifique organizações criminosas como grupos terroristas. Os números são da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (3). O levantamento foi realizado dias após a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão.

Uma proposta sobre o tema já está em debate no Congresso. Um projeto de lei do deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) já foi aprovado em setembro na Comissão de Segurança Pública da Câmara e agora tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O relator será o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL-SP), que reassumirá o mandato de deputado para conduzir o parecer.

Além da movimentação política no Brasil, cresce a pressão internacional para que o país endureça o combate ao narcotráfico. Argentina e Paraguai já anunciaram o enquadramento de facções como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas em seus territórios.

O levantamento da Quaest também revelou amplo apoio a outras medidas de endurecimento penal, como por exemplo: 85% dos entrevistados defendem aumentar as penas por homicídios encomendados pelo crime organizado; 62% são favoráveis ao fim das visitas íntimas nos presídios; e 53% apoiam acabar com as “saidinhas” temporárias.

A pesquisa ouviu 1,5 mil eleitores em 40 municípios do Rio de Janeiro, entre 30 e 31 de outubro de 2025, com margem de erro de três pontos percentuais e nível de confiança de 95%.