Presidente descartou que seria necessário que militares dos Estados Unidos interviessem
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou novamente, nesta segunda-feira (20), o Hamas para que cesse a violência e aceite os termos do plano de paz na Faixa de Gaza, advertindo que, caso contrário, o grupo terrorista pode ser “erradicado”, embora tenha descartado a possível presença de militares norte-americanos no território palestino.
– Temos paz no Oriente Médio pela primeira vez na história; chegamos a um acordo com o Hamas pelo qual eles serão muito bons, se comportarão bem e serão gentis. E se não, iremos lá e os erradicaremos – disse o presidente à imprensa na Casa Branca, junto com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese.
Trump esclareceu, no entanto, que se isso acontecesse “não haveria militares americanos no terreno”, porque bastaria pedir a vários dos países que apoiaram a proposta de paz que se encarregassem do grupo terrorista palestino:
– Israel interviria em dois minutos. Eu poderia pedir que eles [os países] interviessem e se encarregassem disso. Mas, por enquanto, não dissemos isso. Vamos dar uma pequena chance [ao Hamas] e, com sorte, haverá um pouco menos de violência – disse o presidente, cujo plano recebeu o apoio de nações árabes e europeias durante uma cúpula de paz no Egito.
O líder norte-americano insistiu que o grupo terrorista “tem sido muito violento, mas já não conta com o apoio do Irã. Já não conta com o apoio de ninguém. Eles têm que se comportar bem e, se não o fizerem, serão erradicados”, repetiu.
Israel bombardeou neste domingo (19) vários pontos da Faixa de Gaza e matou dezenas de pessoas, em resposta ao que interpretou como uma “violação” do acordo por parte do Hamas, o que o grupo negou, uma semana após a entrada em vigor do cessar-fogo promovido pelo governo Trump.
Os bombardeios ocorreram após confrontos na região de Rafah, localizada no sul de Gaza e controlada pelas Forças de Defesa de Israel, que causaram a morte de dois militares israelenses.
Após os confrontos, Israel afirmou ter “retomado a aplicação do cessar-fogo”. Pouco depois, Trump declarou que a trégua “continua em vigor”.
O presidente dos EUA já havia ameaçado na última semana “matar” os membros do Hamas se eles não cumprissem o acordo de cessar-fogo com Israel e “continuassem assassinando em Gaza”.
