Parte da ala militar defende manter os combates
O Hamas informou que só aceitará o plano de cessar-fogo proposto por Donald Trump após mudanças no texto. O grupo deve apresentar sua resposta nos próximos dias, enquanto o ex-presidente dos EUA estabeleceu prazo de até quatro dias para receber a decisão.
O projeto tem 20 pontos e prevê o fim da guerra em Gaza, que já dura dois anos, além da criação de uma administração internacional no território. Entre as exigências, está a libertação de reféns israelenses em 72 horas e a retirada gradual das tropas de Israel.
Um dos principais impasses é a condição de desarmamento do Hamas. Segundo analistas, essa exigência é vista pelo grupo como inaceitável, por tocar em um princípio central da sua identidade. Apesar disso, a libertação de mais de mil prisioneiros palestinos é considerada um possível avanço.
Israel, que já aceitou o plano, pressiona por uma resposta rápida. O premiê Benjamin Netanyahu afirmou que, se houver recusa ou demora, o país retomará as operações militares. O líder israelense também disse que pretende “terminar o trabalho” caso não haja acordo.
Hamas está dividido entre líderes em Gaza, Doha e Istambul. Fontes apontam que Turquia e Catar pressionam por concessões, enquanto parte da ala militar defende manter os combates. Para analistas, porém, as divergências internas são menores do que parecem.
A guerra começou com o ataque do Hamas em outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos em Israel. Desde então, mais de 66 mil pessoas já morreram em Gaza, a maioria civis. O conflito devastou o território e deixou milhões de palestinos deslocados. As informações são do The Guardian.