O Fluminense recebeu o Lanus para o jogo de volta, precisando de vitória por 2 ou mais gols.
Escalado com 2 volantes e um meia de criação (Acosta), o Fluminense fez um primeiro tempo ofensivo, tendo a posse de bola e criando algumas oportunidades, mas com Everaldo em campo que além de não fazer nada produtivo, atrapalha o ataque pois os demais jogadores tocam a bola pra ele, que perde todas.
Apesar disso o Fluminense dominava, e aos 20 minutos Canobio fez 1×0 num lindo voleio.
A pressão continuou até o final da primeira etapa, mas não conseguimos ampliar.
Voltamos para o segundo tempo com Otávio e Cano, saindo Hércules e Everaldo, que nem deveria ter sido escalado.
O Fluminense continuou pressionando, e aos 8 minutos Martinelli perde oportunidade incrível.
É um ataque contra defesa e o Lanus tentando fazer cera.
Aos 15 minutos, Freytes perde outra oportunidade.
Mas aos 23 minutos num erro de passe de Renê, o Lanus empata a partida.
O futebol tem a velha lição de que a bola pune, e isso aconteceu porque Martinelli perdeu chance inacreditável, o que mudaria o rumo da partida.
Aos 24 minutos o treinador tira Serna e Acosta (não deveriam ter saído), para entrada de JK e Keno.
Aos 32 minutos sai Canobio para entrada de Riquelme.
As mudanças erradas, principalmente a substituição de Hércules por Otávio (poderia ter entrado Lezcano, Riquelme ou até mesmo Lima), a saída de Acosta por JK (poderia ter entrado qualquer um dos 3 acima citados), e a saída de Serna transformaram um time que tinha feito um bom primeiro tempo num amontoado de jogadores.
É justo suspeitar que não se trata apenas de incompetência, pois nem formar o banco o treinador não sabe, deixando de fora inexplicávelmente os 2 jogadores que se destacaram na partida anterior que são Fidélis e Lavega.
Isso cheira muito mal nos bastidores, e espera-se que o Fluminense não se preste a vergonhosa prática de empresários escalar o time.
Essa partida demonstra claramente que o Fluminense não tem treinador, pois não mostra nenhuma jogada ensaiada, nenhuma transição defesa-meio campo-ataque, além de errar demais nas substituições.
A mentalidade derrotista apequenada da diretoria e do treinador é a grande responsável por essa eliminação, bastando lembrar que poderia ter se imposto na partida na Argentina, mas preferiu se apequenar em busca do empate, e perdeu.
Nesta partida, como nas anteriores, não teve plano de jogo em busca da vitória por mais de um gol, e o resultado não poderia ser outro: desclassificado diante de um time muito limitado, mas esforçado.
Essa besteira de poupar jogadores só resulta num time desentrosado, a insistência com jogadores como Everaldo, além das constantes substituições erradas feitas pelo treinador demonstram claramente que não chegaremos em lugar nenhum.
Some-se a isso a mentalidade covarde da diretoria e do treinador, incompatível com a grandeza do Fluminense.
Agora é virar a chave, e no próximo domingo as 16 horas enfrentar o Botafogo rezando para não perder, ou um milagre de vitória.
Bora Fluzã
Por Raimundo Ribeiro – Apaixonado por futebol e, naturalmente Tricolor