CPMI do INSS amplia apuração de fraudes em aposentadorias

Presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Grupo de trabalho já aprovou 179 requerimentos de informação e de convocação

O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), anunciou nesta quinta-feira (18) novas medidas para reforçar a investigação sobre descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões. A comissão passará a priorizar depoimentos e decisões judiciais relacionadas ao caso.

Segundo Viana, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que testemunhas convocadas não podem mais faltar. Ele citou a decisão do ministro André Mendonça como uma vitória da comissão. Já investigados presos, como o “Careca do INSS” e o empresário Maurício Camisotti, continuam sem obrigação de comparecer.

Na reunião desta quinta, o advogado Nelson Willians Rodrigues foi ouvido, mas se manteve em silêncio após declaração inicial. O relator Alfredo Gaspar (União-AL) destacou que ele movimentou mais de R$ 4 bilhões e exibiu vida de luxo nas redes sociais. Para Gaspar, o silêncio reforça sua posição como alvo central da apuração.

Mesmo com depoentes evitando responder, Viana afirmou que o relatório será elaborado com base em provas já reunidas, como quebras de sigilo. Ele disse que o processo é “um quebra-cabeça” que será montado com cada informação coletada.

A CPMI também aprovou 179 requerimentos de convocação e informação. Entre os convidados estão os ministros Vinícius Carvalho (CGU), Jorge Messias (AGU) e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Além disso, o STF deverá informar se políticos foram citados nas investigações da PF.