Irã ameaça bombardear indústria energética de Israel

País diz que atingirá fontes de energia, refinarias e campos de gás se houver um contra-ataque

A Guarda Revolucionária do Irã advertiu nesta sexta-feira (4) que golpeará a indústria energética de Israel se for atacado pelo país rival, que por sua vez prometeu vingança pelo bombardeio com mísseis iranianos lançado na noite da última terça (1°).

– Se o regime sionista cometer um erro, atacaremos todas as suas fontes de energia, estações, refinarias e campos de gás. O regime sionista tem apenas três centrais elétricas e algumas refinarias, mas o Irã é um país enorme – afirmou o vice-comandante da Guarda Revolucionária iraniana, o general de brigada Ali Fadavi, em declarações divulgadas por meios de comunicação locais, como o portal Dideban.

As ameaças do órgão militar de elite iraniano surgem em meio a especulações sobre uma possível retaliação israelense contra o Irã, e o setor petrolífero é um dos possíveis alvos devido aos danos econômicos que causaria, segundo a imprensa de Israel.

A Guarda Revolucionária Iraniana bombardeou Israel com mísseis na noite da última terça em retaliação pelos assassinatos do líder do grupo terrorista libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um general iraniano em Beirute, há uma semana, e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em julho, em Teerã.

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou nesta sexta, com um fuzil na mão, que este ataque contra Israel foi “o menor dos castigos para a agressão israelense” durante uma oração coletiva em homenagem a Nasrallah.

– O que as nossas forças militares fizeram foi o menor dos castigos para a agressão do regime israelense – disse a mais alta autoridade política e religiosa do Irã na mesquita Imã Khomeini, em Teerã, onde estavam reunidos milhares de fiéis.

– A ação brilhante das nossas forças armadas há algumas noites foi completamente legal e legítima – acrescentou Khamenei, referindo-se ao lançamento de 200 mísseis contra Israel.

Após o ataque, Israel garantiu que retaliará, ao que o Irã, por sua vez, insistiu que responderá com ainda mais força.