EUA adverte Maduro sobre novas ações caso atas não apareçam

Americanos afirmaram que ditador venezuelano deve fazer “a coisa certa”

A Casa Branca advertiu, nesta sexta-feira (13), o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que se ele não fizer “a coisa certa” e publicar as atas dos resultados das eleições de 28 de julho, os Estados Unidos realizarão mais ações contra Caracas.

– Nós emitimos sanções. Não vamos descartar nada no futuro – disse o porta-voz da Segurança Interna da Casa Branca, John Kirby, em entrevista coletiva.

Kirby acrescentou que Maduro “tem opções e decisões que só ele pode tomar” e “a primeira decisão que deve tomar é publicar todos os dados e resultados eleitorais para que todos possam ver como essas eleições se desenvolveram e como e em que medida cumpriram verdadeiramente a vontade do povo venezuelano”.

Nesta quinta-feira (12), os EUA aplicaram sanções contra 16 responsáveis venezuelanos, incluindo membros do Supremo Tribunal de Justiça, do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e da Assembleia Nacional, por proclamarem “falsamente” a vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28 de julho.

Entre os sancionados estão a presidente do Tribunal Supremo, Caryslia Rodríguez; a presidente da Comissão de Registo Civil e Eleitoral do CNE, Rosalba Gil Pacheco; e o vice-presidente da Assembleia Nacional, Pedro Infante Aparicio.

Ao mesmo tempo, o Departamento de Estado norte-americano proibiu a entrada no país de “funcionários alinhados com Maduro que minaram o processo eleitoral na Venezuela e que são responsáveis por atos de repressão”, embora não tenha revelado o número nem as suas identidades.

– Francamente, a decisão mais importante neste momento para ele é se vai fazer a coisa certa para o povo venezuelano. Ele tem que tomar essa decisão. E se não o fizer, teremos que tomar algumas decisões adicionais por nossa conta – acrescentou Kirby.

Em resposta a essas sanções, o governo venezuelano disse rejeitar, “nos termos mais veementes”, o “novo crime de agressão cometido pelo governo dos Estados Unidos da América contra a Venezuela, ao impor medidas coercitivas unilaterais, ilegítimas e ilegais a um grupo de funcionários do Estado”.

*EFE

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