Damares diz que lançou candidatura após traição de Arruda: “Disse que eu era ridícula”

  • Palanque bolsonarista para o Senado está dividido entre duas ex-ministras: a dos Direitos Humanos e Flávia Arruda, da Secretaria de Governo

A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves afirmou à Folha que resolveu lançar sua candidatura ao Senado, à revelia de Jair Bolsonaro, para defender o legado do atual chefe do Poder Executivo.

Ela declarou que o ex-governador José Roberto Arruda, que patrocina a campanha da esposa, a também ex-ministra Flávia Arruda, não defende o governo federal, nem as ações de Bolsonaro.

“Houve realmente um acordo da direita estar junto, mas a direita estava brigando entre si. O que a gente viu? Arruda declarar que não vai pedir voto para presidente da República. Essas motivações políticas também me fizeram repensar. Venho para esse pleito também como prioridade a reeleição do presidente. E os bolsonaristas se identificam comigo”, explicou Damares.

“Os evangélicos em Brasília sempre tiveram o sonho de ter uma senadora ou um senador evangélico. Já Flávia não tem essa identificação com o público evangélico”, acrescentou.

“Ouvi que o Arruda dizia que eu era uma jocosa, ridícula, fanática. Falou horrores. Pessoas muito próximas a mim estavam em reunião e ele não sabia. Arruda não morre de amores por mim”, concluiu.