TSE determina redes excluírem vídeo de Lula por propaganda antecipada

Lula pede voto antecipado no Piauí.

A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta sexta-feira (5/8) que Instagram, Facebook e YouTube removam um vídeo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pedindo votos em um evento político em Teresina, no Piauí.

A decisão foi tomada após uma denúncia feita ao TSE pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) por propaganda antecipada.

“Queria pedir para vocês, cada mulher ou cada homem do Piauí que têm disposição de votar em mim, que têm disposição de votar no Wellington, eu queria pedir pra vocês que no dia 02 de outubro vote em mim, vote no Wellington, mas primeiro vote no Rafael, porque ele vai cuidar do povo do Piauí”, discursou Lula na ocasião.

Pedindo votos antecipados em um evento político em Teresina, no Piauí.

Novo também vai ao TSE contra Lula por propaganda eleitoral antecipada

Partido pede que o PT seja multado em R$ 25 mil

O partido Novo protocolou, nesta quinta-feira (4), uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por suposta propaganda eleitoral antecipada.

A ação assinada pelo candidato do partido à Presidência, Luiz Felipe d’Avila, acusa o petista de pedir votos antes do período permitido pela legislação eleitoral. O pedido explícito é vedado antes da campanha eleitoral, que começa no dia 16 de agosto.

Na ocasião, Lula estava em Teresina (PI), ao lado do candidato ao Senado na chapa petista, Wellington Dias (PT), e do candidato ao governo Rafael Fonteles (PT).

– Eu queria pedir para vocês que no dia 2 de outubro VOTE EM MIM, vote no Wellington, mas primeiro vote no Rafael, porque ele vai cuidar do povo do Piauí – afirmou na última quarta-feira, 3.

Em momento anterior, o ex-presidente chegou a dizer que não foi a Teresina “pedir voto” porque a regra ainda não permitiria.

Na representação, D’Avila argumenta que atos de divulgação de pré-campanha são diferentes de captação de votos e pede a multa máxima ao adversário na disputa, estabelecida em R$ 25 mil em casos de propaganda extemporânea.

Como mostrou o Estadão, ações de propaganda antecipada viraram estratégia das campanhas para judicializar o período eleitoral. Pedidos na justiça mais que dobraram em relação ao pleito de 2018.

Procurada, a assessoria de Lula não respondeu.