Inflação em 12 meses na Argentina atinge 60,7% em maio

Informação foi divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos

Os preços ao consumidor na Argentina acumularam uma forte alta de 60,7% em maio em relação ao mesmo mês em 2021. A informação foi divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec)

Além disso, a variação dos preços em maio, na comparação com abril, avançou 5,1%, mostrando uma desaceleração em relação às altíssimas taxas mensais registradas no próprio mês de abril (6%) e em março (6,7%). Os bens no mês passado tiveram alta de 5,3% em relação a abril, enquanto os serviços subiram 4,3%.

Entre os aumentos registrados em maio, destacam-se os dos setores de saúde (6,2%), transporte (6,1%) e alimentos (4,4%).

Os preços ao consumidor haviam acumulado no ano passado um aumento de 50,9%, uma aceleração em relação aos 36,1% verificados em 2020.

Para este ano, o governo argentino havia inicialmente projetado uma taxa de inflação anual de 33%, mas o acordo de refinanciamento de uma dívida de cerca de US$ 44 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) assinado em março pelo governo de Alberto Fernández incluía uma projeção de inflação de 38% a 48%.

Além disso, as previsões privadas mais recentes coletadas mensalmente pelo Banco Central indicam que a inflação será de 72,6% neste ano e de 60% em 2023.

Alberto Fernández e Cristina Kirchner vencem eleições na Argentina

Presidential candidate Alberto Fernandez and running mate former President Cristina Fernandez de Kirchner celebrate after election results in Buenos Aires, Argentina October 27, 2019. REUTERS/Agustin Marcarian

Alberto Fernández é o novo presidente da Argentina. Cristina Kirchner é a vice. Os dois formam parte da coalizão de esquerda Frente de Todos.

Após um mandato de Macri, que é um político de centro direita, os argentinos optaram por voltar ao kirchnerismo, que governou o país por mais de uma década, de 2003 a 2015