Polícia do DF conclui que Wassef foi vítima de uma tentativa de homicídio e desmente acusação de assédio sexual

Homem tenta matar ‘a facada’ o advogado do presidente Bolsonaro! “Esquerdista” diz Wassef

Polícia do DF isenta Wassef de acusação de assédio sexual

Frederick Wassef é advogado do presidente Jair Bolsonaro e de outras pessoas da família dele

A Polícia Civil do Distrito Federal concluiu que o advogado Frederick Wassef não assediou uma mulher casada num restaurante de Brasília no fim de agosto, ao contrário do que alegou o marido dela. Após rever imagens das câmeras de segurança e conversar com testemunhas, os policiais concluíram que Wassef não se aproximou da mulher e foi, na verdade, vítima de uma tentativa de homicídio. Wassef é advogado do presidente Jair Bolsonaro e de outras pessoas da família dele.

O entrevero aconteceu em uma unidade do restaurante Chicago Prime, uma casa especializada em carnes, no Lago Sul – o local fica perto da região conhecida como “Península dos Ministros”, uma das mais nobres de Brasília. Wassef foi atacado com uma faca do próprio restaurante pelo empresário do agronegócio Adroaldo Juliani, que estava no restaurante com a mulher Márcia e a filha do casal. O ataque aconteceu depois de Márcia dizer ao marido que tinha sido assediada por Wassef no banheiro do restaurante. A versão no entanto seria falsa, segundo a polícia: as imagens mostram que Wassef não se encontrou e nem esteve no banheiro com Márcia.

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Frederick Wassef participa de cerimônia no Palácio do Planalto em junho
17/06/2020
REUTERS/Adriano Machado
Frederick Wassef participa de cerimônia no Palácio do Planalto em junho 17/06/2020 REUTERS/Adriano Machado

Foto: Reuters

“As diligências, inquirições (depoimentos) e as filmagens do circuito de segurança do estabelecimento, que foram obtidas durante as investigações policiais, apontam de forma segura e incontestável que jamais a vítima Frederick Wassef se aproximou de Márcia Janete Juliani ou do banheiro feminino, muito menos de qualquer outra mulher, restando absolutamente comprovado que em nenhum momento houve qualquer “assédio”, “gracejo”, “cantada”, conduta inapropriada ou mesmo uma simples conversa”, diz um trecho.

“A análise (…) demonstra que as “acusações” feitas pelo indiciado (Adroaldo) no local dos fatos, a partir de uma alegação de sua esposa, são inverdades, e que tais inverdades quase foram usadas para justificar um crime de homicídio. As filmagens mostram com nitidez e clareza que a vítima Frederick Wassef não foi e muito menos chegou perto do banheiro feminino ou de Márcia”, diz o relatório da Polícia Civil, assinado pelo delegado plantonista Sérgio dos Santos Filho no dia 18 de setembro.

Segundo o relatório da polícia, Márcia discutiu com Wassef depois de ela e a família consumirem grande quantidade de bebidas alcoólicas – a conta do grupo naquela tarde fechou em R$ 1.230,57, e incluiu 20 chopes, nove caipiroscas de caju, duas caipirinhas e duas garrafas de vinho, consumidos por cinco pessoas.

A família foi embora do restaurante depois da discussão, mas depois fez meia volta na caminhonete e voltou ao local. Adroaldo teria entrado no Chicago Prime disposto a matar Wassef.

“Na sequência as imagens mostram uma Dodge Ram de cor branca estacionando nas imediações do Chicago Prime. Do interior do veículo, o indiciado caminha até a mesa de Frederick Wassef e, após jogar o refrigerante da mesa no corpo da vítima (Wassef), pega uma faca e desfere um golpe (…), que só não o atinge pois ele joga seu corpo para trás, para evitar a estocada”.

“Ato contínuo, o ofendido se levanta e sai em desabalada carreira, deixando o estabelecimento, com o intuito de fugir do intento homicida do agressor. Então, o indiciado corre atrás da vítima com a faca em punho gritando que iria matá-lo. O investigado ainda comete injúria contra o ofendido ao chamá-lo de safado, sem vergonha”, continua o relato. Wassef tentou então se proteger entrando em um bar contíguo, chamado Royal Lounge, onde usa uma cadeira para afastar o fazendeiro Adroaldo.

O caso irá agora para o Tribunal de Justiça do DF. Caberá ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) decidir se apresentará ou não denúncia contra Adroaldo Juliani. A reportagem não conseguiu contato com o fazendeiro.

RELEMBRE O CASO:

Vídeo: Homem tenta matar ‘a facada’ o advogado do presidente Bolsonaro! “Esquerdista” diz Wassef

A confusão envolvendo o advogado do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, em um restaurante na QI 11, do Lago Sul, foi na tarde deste sábado (21/8).
“Assim como fizeram com o presidente Bolsonaro – de tentar esfaqueá-lo na barriga, tentaram me esfaquear hoje”. “Tudo está filmado, fui atacado pelo simples fato de ser advogado da família Bolsonaro”. “Ela disse que odeia o presidente que odeia a família Bolsonaro”. “Quase perdi minha vida no dia de hoje” palavras de Wassef. Veja o vídeo.

Policiais da 10ª DP foram ao local em busca de registros da briga.

O homem que aparece nas imagens foi preso. Ele, no entanto, ainda não teve a identidade confirmada.

Vídeos e informações são do site metrópoles.

Empunhando faca, homem tentar contra a vida de Wassef e xinga o advogado: “Safado, sem vergonha”

Em um dos vídeos, o agressor aparece empunhando uma faca de mesa. “Safado, sem vergonha.  grita o homem.

Testemunhas gravaram momentos da briga em restaurante no Lago Sul envolvendo o advogado da família Bolsonaro.

Vestido de preto, ele parece procurar por Wassef. Clientes do restaurante tentam convencê-lo a entregar a faca e desistir da busca. 

Funcionários do restaurante foram para cima, para apartar a briga e colocar o cliente baderneiro alterado para fora do restaurante.

Veja:

Alegações de que Wassef assediou uma mulher em um restaurante e acabou perseguido pelo marido dela, armado com uma faca. “Assediar uma senhora de quase 60 nos”?

Wassef disse ter sido atacado “pelo simples fato de ser advogado do presidente e da família Bolsonaro”.

Veja a declaração de Wassef:

Policiais foram ao local em busca de gravações de câmeras do restaurante e depoimentos de pessoas que estavam no restaurante na hora.

O caso foi registrado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).