Itapoã: homem que matava e bebia sangue “o vampiro do Itapoã” é condenado a 21 anos

Sessão plenária do STF. Foto:Nelson Jr./SCO/STF (08/08/2018)

Vampiro do Itapoã: homem que matava e bebia sangue é condenado

Eduardo de Araújo da Conceição e dois comparsas foram sentenciados pela morte de Heraldo José de Carvalho, 43 anos

A Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri do Paranoá obteve, na terça-feira (13/4), a condenação de Eduardo de Araújo da Conceição, conhecido como “Vampiro do Itapoã” (foto em destaque). Além dele, Francisco das Chagas Araújo da Conceição e Hilcimar Lopes da Silva também foram condenados pelo assassinato de Heraldo José de Carvalho, 43 anos.

O crime ocorreu em maio de 2019, após desentendimento sobre um serviço para o qual a vítima tinha sido contratada. Heraldo teria sido pago com drogas para fazer uma cerca na casa onde Eduardo morava. O barraco ficava em uma invasão na região da Fazendinha, no Itapoã. Heraldo, entretanto, consumiu o entorpecente, mas não fez o trabalho.

Os suspeitos haviam sido denunciados por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Preso em 15 de maio de 2019, Eduardo é suspeito de matar e beber o sangue da vítima. O homem acabou condenado por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e emprego de meio cruel) e ocultação de cadáver. Francisco também recebeu a condenação por homicídio duplamente qualificado. Já Hilcimar foi condenado por homicídio qualificado (emprego de meio cruel) e ocultação de cadáver. As penas foram fixadas em 21 anos e 5 meses; 13 anos; e 16 anos, respectivamente.

Eduardo é conhecido na região como “Vampiro do Itapoã” por matar animais para beber sangue. Segundo a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), ele e um adolescente que participou do crime teriam bebido o sangue da vítima. Após o homicídio, a polícia encontrou na casa dele vísceras e restos de animais. Ele estava em liberdade provisória desde 2017.

Veja imagens do caso:
O crime

O homicídio ocorreu em 11 de maio de 2019. Eduardo havia contratado Heraldo para a construção de uma cerca no lote em que morava no Itapoã. A vítima recebeu pelo trabalho duas pedras de crack, mas não executou o serviço.

No dia do assassinato, Eduardo, Francisco, Hilcimar e um adolescente encontraram a vítima e cobraram pelo serviço. Heraldo respondeu que não poderia fazer naquele momento.

Eduardo, então, determinou que o adolescente o matasse. O rapaz pegou uma barra de ferro e agrediu Heraldo na cabeça, com o auxílio de Francisco. Enquanto isso, Hilcimar gritava para que os dois terminassem o que haviam começado. Após o homicídio, Eduardo determinou que o jovem e Hilcimar escondessem o cadáver, lançado em uma manilha de esgoto.