Igual a Gilmar Mendes, Moraes vota contra liberação de missas e cultos na pandemia

Já votaram Gilmar Mendes e Kassio Nunes, que mantiveram posicionamento anterior, contra e a favor, respectivamente

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Morais votou contra a liberação de cultos e missas durante a pandemia.

Moraes defende que o que “está em jogo é a defesa da vida, da sáude de todos os brasileiros” e a finalidade dos decretos temporários é limitar aglomeração e não de atacar a liberdade religiosa.

O STF retomou nesta quinta-feira (8) o julgamento, com o voto do ministro Kassio Nunes Marques, a favor de realizações de cerimônias com púlbico.

O ministro Gilmar Mendes havia sido o primeiro a votar na sessão de quarta, contrário à liberação de cerimônias religiosas presenciais.

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Urbs afirma que o movimento de passageiros por dia está 52% menor do que antes da pandemia; Comec diz que o problema é que os usuários precisam do transporte público no mesmo horário.

Uma pesquisa de amostragem feita pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) mostra que, em Curitiba, 2,7% dos voluntários do estudo estavam com Covid-19, mas sem nenhum sintoma. O que significa que pessoas assintomáticas podem estar circulando também no transporte público da cidade.

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Voto de Moraes

Em seu voto, Moraes disse que parecia estar julgando algum decreto proibindo qualquer assistência religiosa específica. “É inacreditável isso, depois que o país bateu recorde de 4 mil mortos por dia. O mundo ficou chocado quando nos ataques às Torres Gêmeas em Nova York morreram 3 mil pessoas. Aqui estamos com 4 mil mortos por dia. É um momento gravíssimo dessa pandemia”, afirmou.

Ele citou a ausência de leitos, insumos, pessoas morrendo sufocadas não só em um ou dois estados da federação, mas em vários, até mesmo no estado mais rico, em São Paulo, e as dificuldades dos profissionais de saúde que não estão dando conta do aumento de mortes no Brasil. Apontou como positivo o “isolamento completo que salvou a cidade de Araraquara”, no interior de São Paulo.

“Nós não estamos na mesma situação dos demais países europeus ou dos Estados Unidos. A segunda onda mata muito mais que a primeira no Brasil. O número de mortos tem crescimento exponencial. O Brasil não se preparou. Nós não conseguimos vacinar ainda 10% da população. Essa é a discussão, não me parece momento algum que a discussão seja a liberdade regliosa, defendida por esse tribunal em todos os julgamentos que aqui chegaram.”