DEMOROU: Bolsonaro vai mexer na política de preços de gás “Reajuste de 39% É inadmissível” disse

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta 4ª feira (7.abr.2021) que é “inadmissível” o reajuste de 39% no preço do gás natural.

A declaração foi feita durante a posse do novo diretor-geral brasileiro da usina Itaipu Binacional, o general da reserva João Francisco Ferreira.

Ele substituirá Joaquim Silva e Luna, que foi indicado para presidir a estatal de petróleo. Bolsonaro disse ainda que não vai interferir na Petrobras, mas que pode “mudar essa política de preço lá”.

O presidente afirmou que o aumento do preço do gás anunciado pela Petrobras nesta semana é “inadmissível”.

O presidente ressaltou, porém, que pode mudar a “política de preços” da empresa com o apoio da Câmara dos Deputados.

“É uma empresa que mais do que transparência, tem que ter previsibilidade. É inadmissível se anunciar, agora, o velho presidente ainda, um reajuste de 39% no gás. É inadmissível, que contrato são esses? Que acordos foram esses? Foram feitos pensando no Brasil?”, questionou.

As declarações vêm depois do anúncio, na segunda-feira, 5, de que os preços para venda de gás natural a distribuidoras terão salto de 39% a partir de 1° de maio.

Na cerimônia em Foz do Iguaçu, no Paraná, Bolsonaro afirmou ainda que encaminhará novamente um projeto de lei que tem o objetivo de dar transparência à política de preços no país. Segundo o presidente, o texto deve ser colocado em pauta na Câmara em um prazo de 15 a 20 dias.

“Ele [Silva e Luna] sabe que é uma empresa que, mais do que transparência, precisa de previsibilidade. É inadmissível se anunciar agora, o velho presidente [Roberto Castello Branco] ainda, o reajuste de 39% no gás. É inadmissível, que contratos são esses? Que acordos foram esses? Foram feitos pensando no Brasil num período de 3 meses? Não vou interferir, a imprensa vai dizer o contrário, mas podemos mudar essa política de preço lá”, afirmou em referência a alta anunciada para maio.