Ministro Onyx Lorenzoni vai deixar a pastar e assumirá o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

Bolsonaro afirma que Onyx vai para a Secretaria-Geral

Emilly Behnke e Daniel Galvão

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 8, que o atual ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, vai assumir o cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República. A mudança já era esperada e dada como certa por auxiliares do governo.

Apesar da troca, o chefe do Executivo disse que “não existem” planos de realizar uma reforma ministerial para acomodar aliados.

“Onyx vai para a Secretaria-Geral da Presidência”, declarou Bolsonaro em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da Band. A mudança marcará o retorno de Onyx ao Palácio do Planalto – ele já ocupou a cadeira de ministro-chefe da Casa Civil. “Não existe isso (reforma ministerial)”, disse o presidente.

Bolsonaro também rebateu críticas sobre ter negociado apoio de partidos do Centrão em troca de cargos no governo. “Não é hora de trocarmos ninguém aqui para atender interesses políticos.”

O presidente negou ainda ter liberado emendas parlamentares em busca de apoio de parlamentares. O chefe do Executivo lembrou que as emendas são “impositivas”. Apesar disso, é o governo federal quem decide quando liberar os recursos.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, em janeiro, mês anterior às eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado, houve liberação recorde de emendas parlamentares.

© Gabriela Biló/Estadão O atual ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni
Além disso, o Estadão revelou que R$ 3 bilhões em recursos extraorçamentários foram liberados para deputados e senadores, negociados diretamente pela Secretaria de Governo, comandada pelo ministro Luiz Eduardo Ramos.

A destinação dos recursos foi uma das formas de o Planalto garantir apoio às candidaturas de Arthur Lira (PP-AL), eleito presidente da Câmara, e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente escolhido no Senado.