Mais de 40 cilindros de oxigênio são apreendidos dentro de armazém clandestino em Manaus, diz polícia
Apreensão ocorreu durante a madrugada, depois de uma denúncia.
Forças de segurança apreendem 44 cilindros de oxigênio em armazém clandestino no Novo Israel — Foto: Erlon Rodrigues/PC-AM
A polícia apreendeu 44 cilindros de oxigênio armazenados de forma clandestina em uma casa na avenida das Oliveiras, Zona Norte, segundo a Polícia Militar. A apreensão ocorreu na madrugada desta terça-feira (19), depois de denúncia.
De acordo com a polícia, os cilindros de oxigênio, armazenados irregularmente, seriam comercializados clandestinamente.
“Segundo o autor, os cilindros eram propriedade do seu chefe, que lhe pediu para que guardasse o material em sua residência para posteriormente buscá-los”, disse o delegado Vinícius de Melo, por meio da assessoria de imprensa.
Ainda conforme a polícia, o homem disse, também, que não possuía a documentação do material e que não sabia a origem da carga nem para onde ela iria.
O material apreendido passará por análise na Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), que irá apurar o estado dos cilindros.
Crise do oxigênio
Com mais de 232 mil casos e 6,3 mil mortes, o Amazonas vive um caos no sistema de saúde com hospitais lotados. As unidades de saúde não têm oxigênio suficiente para todos os pacientes, o que fez o governo adotar medidas emergenciais para receber o insumo. O governo da Venezuela é um dos que enviou ajuda ao Amazonas.
A situação é tão dramática que, desde a semana passada, o estado está enviando pacientes para receber atendimento em outros estados. No total, 115 pacientes foram transferidos até a manhã desta terça. O transporte dos passageiros é feito em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), que foram adaptadas para essa finalidade.
Em razão do surto de casos da Covid-19, um decreto suspende as atividades econômicas não essenciais até o dia 31 de janeiro. A circulação de pessoas em todos os municípios do Amazonas está restrita entre 19h e 6h.
Com hospitais lotados e o número de mortes aumentando, os cemitérios registraram aumento de sepultamentos. Desde a semana passada, esses locais já operam com horário de funcionamento ampliado e, no Cemitério do Tarumã, há câmaras frias para os corpos serem preservados e não necessitarem ser enterrados em valas coletivas – como no primeiro pico da pandemia, em abril e maio de 2020.
Fonte: G1