Fim das “Dedadas”: Novo exame de câncer de próstata garante eficácia

Novo exame de câncer de próstata pode reduzir a necessidade de biópsias

O procedimento também pode medir a agressividade do tumor

23.11.2017 | 

Redação GQ
O EXAME É FEITO ATRAVÉS DE COLETA DE SANGUE (FOTO: DAVID SILVERMAN/GETTY IMAGES)

O índice de saúde da próstata-phi (ou PHI), realizado por exame de sangue, começa a ser oferecido no Brasil como mais uma opção para detectar o câncer de próstata. O exame é mais assertivo que o de dosagem de sangue padrão (o PSA), e, ao contrário dele, é capaz ainda de dizer ao médico qual o grau de agressividade do câncer de próstata.

O PHI, segundo comunicado do Grupo Hermes Pardini, evita 30% dos casos de biópsia. A coleta de tecido orgânico, quando acontece, pode resultar em infecção e sangramento e, em 75% dos casos, ter impacto negativo para o tumor.

Os melhores índices do PHI em relação ao PSA se devem à abordagem mais abrangente do novo exame. Enquanto o PSA apenas registra níveis da enzina homônima – cujo aumento pode alertar não só sobre o tumor, como algumas outros problemas de saúde – o PHI dá conta de três outros fatores: o PSA total e livre, além do p2PSA. Este último marcador é particularmente importante: as flutuações do p2PSA, por serem menores, podem ser mais significativas no diagnóstico da doença.

Portanto, hospitais usam o PHI como uma outra triagem antes que se decida encaminhar pacientes para a biópsia. Ele também tem um valor durante o acompanhamento da doença, informando médicos sobre melhores tratamentos.

Por enquanto, o exame é oferecido por algumas unidades hospitalares espalhados pelo país.

O teste é recomendado para homens a partir dos 50 anos e que apresentam um nível de PSA total entre 2,0 e 10,0 ng/Ml, mas o INCA ainda não recomenda o exame aos convênios. O valor do teste no Brasil é em média R$ 750.