Decisão é resultado de crise na equipe de Comunicação do Planalto. Recursos para publicidade chegam a R$ 1,6 bilhão no orçamento de 2017.
São cerca de R$ 1,6 bilhão no orçamento de 2017. Com a MP, o secretário de Comunicação Social do governo, Márcio de Freitas, a quem cabia autorizar a distribuição de verbas publicitárias, perdeu poder.
A decisão de Michel Temer é resultado de uma crise iniciada em agosto na equipe de Comunicação do Palácio do Planalto. Foi o próprio Moreira Francoxquem sugeriu a Temer tirar o controle da publicidade da Secretaria de Comunicação. Moreira sugeriu, também, a criação de um Conselho de Comunicação com representantes de fora da administração pública para tomar decisões governamentais. Mas há um impasse jurídico sobre a legalidade desse conselho.
Moreira Franco argumenta que é “fundamental democratizar e dar transparência às decisões sobre publicidade” e que a criação do conselho ainda não foi tomada “porque surgiu um questionamento sobre conflito de interesse, que está sendo analisado”. O ministro não explicou qual seria o conflito de interesse.
Além disso, Moreira Franco escalou uma nova equipe para cuidar das redes sociais do Planalto, que fará parte da Secretaria Digital, que ficará sob sua responsabilidade. É ela quem responde às crises do governo.
O trabalho já é feito pela agência Isobar, que tem um contrato de cerca de R$ 44 milhões com o governo desde 2015. Em agosto, a agência contratou o marqueteiro do presidente e do PMDBx, Elsinho Mouco, como diretor de atendimento e conteúdo.
Elsinho Mouco é marqueteiro de Temer desde 2002. É ele que cuida dos pronunciamentos oficiais do presidente, embora não seja contratado diretamente pelo Governo Federal. Também é o criador da marca da atual gestão, que destaca os dizeres da bandeira nacional: “Ordem e Progresso”.
Informa Tudo DF