Reportagem da Folha de S. Paulo, assinada por Anna Virginia Balloussier, mostra como João Doria tem procurado estreitar os laços com lideranças evangélicas. Conseguiu emplacar na presidência no PSDB municipal um vereador ligado à Assembleia de Deus do Brás (pastor Samuel Ferreira), o vereador João Jorge, e ofereceu jantar para pastores em sua casa, entre eles Silas Malafaia. Mas Doria ainda escorrega quando tenta o discurso religioso. Informa a repórter:
“Na manhã da eleição do PSDB municipal, Alckmin e ele foram a um culto feminino da Assembleia de Deus Paulistana. Entre centenas de fiéis vestidas de vermelho, o prefeito citou o provérbio da “mulher virtuosa”, cujo valor “ultrapassa os das mais finas joias”.
Também cometeu uma gafe: ao saber que o pai do pastor havia morrido, disse que, onde quer que esteja, ele manda mensagens diariamente ao filho. Evangélicos pró-Alckmin tripudiariam sobre o ‘amadorismo’ de Doria: de teor espírita, a fala desceu indigesta na plateia”.
Os evangélicos não acreditam que haja comunicação entre mortos e vivos — isso é kardecismo. Mas tripudiar é um termo forte. Os evangélicos da Assembleia de Deus já estão acostumados com políticos que vêm do “mundão”– termo que usam –, em busca de votos. Já houve gafes maiores.
O que as lideranças querem de Doria é fiscalização branda e alvarás quando construírem templos.