Deputados distritais devem R$ 116 milhões à União, aponta levantamento
Dados obtidos a pedido do G1 são da Procuradoria-Geral da Fazenda. Lista engloba débitos em nome dos distritais ou de empresas ligadas a eles. O levantamento consultou a situação dos 24 parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal
Por Gabriel Luiz, G1 DF
Cristiano Araújo
O deputado do PSD é quem mais tem dívidas. Só no nome dele, são R$ 46 mil. Além disso, Cristiano Araújo é sócio de duas empresas devedoras: a “Vigilância Patrimonial Armada” (R$ 99,8 milhões) e a “Taif Tecnologia” (R$ 513,76 mil).
O distrital também aparece como “corresponsável” pelas dívidas do “Shopping Península Sul Administração de Lojas”, que chegam a R$ 11,99 milhões.
A corresponsabilização ocorre quando alguém assume a dívida que era originariamente de outro contribuinte. No caso, o montante passa a ser exigível tanto do devedor original quanto do devedor corresponsável.
A assessoria de imprensa do deputado informou que ele possui uma “certidão positiva com efeitos de negativa” – uma espécie de nada consta. Em relação à Vipasa, ele afirmou ter sido sócio por apenas quatro meses, para compor sociedade minoritária com o pai já falecido. Deixou a sociedade em janeiro de 2010.
“O patrimônio (espólio) dessa empresa foi deixado por seu pai, falecido em março de 2016. O espólio irá responder por todas as dívidas do pai falecido ou por qualquer ação, que seja de sua responsabilidade civil.”
Sobre a Taif, ele afirma ter deixado de ser sócio minoritário em janeiro de 2011, quando a empresa encerrou as atividades. Os débitos com fornecedores são questionados na Justiça. “A empresa também era do pai dele. O espólio também irá responder por todas as dívidas.”
Com relação ao terreno Shopping Península Sul, era do pai dele e foi vendido pelo distrital para quitar dívidas trabalhistas. “O deputado Cristiano desconhece que tenha assumido dívidas que chegam a esse valor. Ele nunca teve relação com esse empreendimento.”
Liliane Roriz
Em segundo lugar na lista, a distrital do PTB é sócia de três empresas que devem juntas R$ 3,91 milhões à União. A “Ki-boi Agropecuária” acumula débitos de R$ 1,13 milhão. A “Distribuidora de Cevada Gama” tem dívida de R$ 589,98 mil. Já a “Agropecuária Palma” aparece com R$ 2,18 milhões devidos.
Desse total, 47% são considerados débitos em situação irregular. Isso quer dizer que ainda estão em aberto e não estão sendo renegociados ou questionados – seja na própria Fazenda ou na Justiça.
Em nota, a assessoria de imprensa da deputada Liliane Roriz informou que desde que ela entrou para a política, não participa da gestão das empresas. “Portanto, não tem conhecimento do assunto.
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Informa Tudo DF.