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Buriti desenha estratégia para obter votos cruciais

CLDF - Sessão Data: 21-02-2017 Foto: Myke Sena

 

Foto: Myke Sena

Francisco Dutra
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A licença maternidade da deputada distrital Sandra Faraj (SD) e a oposição oficial do PDT complicaram a estratégia do governo Rollemberg (PSB) na batalha pela aprovação da reforma da previdência do Distrito Federal. A pressão dos sindicatos também sopra contra a polêmica reestruturação. Até raiar desta segunda-feira (04/09), o Palácio do Buriti não conseguiu os 13 votos necessários para aprovar o projeto no plenário da Câmara Legislativa

O líder do governo na Casa, deputado Agaciel Maia (PR) passou o final de semana trabalhando na construção de nova estratégia para virar o jogo. “Até a oposição sabe da importância deste projeto. É uma questão de sobrevivência. Com a aprovação o governo resolve o problema do caixa. Agora se não passar, os salários dos servidores vão começar a ser parcelados e depois vão atrasar. O GDF também não vai poder honrar os compromissos com fornecedores e terceirizados”, argumenta Maia.

Segundo o líder do governo, ninguém pode dizer que a reforma não é necessária para o DF. “Quem faz oposição está fazendo jogo político. É a guerrilha dos sindicatos contra o projeto. Essa questão do PDT reforça esta tese. Estamos vendo hospitais e escolas parando. Volto a dizer, a aprovação desse projeto é uma questão de sobrevivência para muita gente”, afirma o parlamentar. A licença de Faraj, sem possibilidade de convocação de suplente, fragilizou a estratégia do Buriti, afinal a deputada estava na conta dos votos favoráveis da reforma.

“Não quero trabalhar com 13 votos. Quero mais. É uma votação apertada. Sobre isso eu conheço como ninguém. Gato escaldado tem medo de água”, brinca o líder do governo. Mesmo tendo o apoio do GDF, Maia perdeu a eleição pela presidência da Câmara. Um dos erros governistas foi justamente trabalhar para a obtenção dos votos mínimos para a vitória, enquanto a oposição focou em um plano de combate com o máximo de votos possíveis.

Maia não revela o número exato de votos do GDF. Fontes governistas contam 12 parlamentares ao lado do Buriti. Em leitura fria do cenário, elas julgam que o futuro do projeto está nas mãos do PDT. Analistas palacianos consideram que se o partido manter a oposição neste embate, estará confirmando a intenção de disputar o comando do Palácio do Buriti em 2018.

O cenário também não confortável para a oposição. O vice-presidente da Câmara, deputado Wellington Luiz (PMDB) projeta 11 votos contra o texto. Para o distrital, a maré pode virar, conforme o GDF sacar a caneta para conseguir os votos em troca de cargos.

Saiba Mais

Os votos de Chico Leite (Rede) e Robério Negreiros (PSDB) são classificados como voláteis. Leite aprovou o texto nas comissões. Mas, segundo a oposição, ele pode mudar o voto no plenário.

Apesar de estar nas contas do GDF extraoficialmente, Negreiros crava que não definiu o voto. O parlamentar tem sérias ressalvas ao texto atual e critica a pressa do governo na votação da reforma.

Preocupada com a recuperação do pai, o ex-governador Joaquim Roriz, a deputada Liliane Roriz (PTB) dificilmente irá para Câmara. Se for, a tendência é que vote contra o projeto do GDF.