Doria diz que PSDB deve desembarcar de gestão Temer, e para Alckmin desembarque do PSDB é questão de semanas

desembarcar de gestão Temer, mas apoiar reformas

(Rovena Rosa/Agência Brasil)

O prefeito de São Paulo, João Doria, reiterou neste domingo, 9, que seu partido, o PSDB, desembarque do governo do presidente Michel Temer, mas apoie as reformas em andamento no País. Segundo o tucano, essas questões serão discutidas em reunião prevista para esta segunda-feira, 11, no Palácio dos Bandeirantes, sede do executivo paulista, com as principais lideranças da legenda, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, governadores e parlamentares.

“Não defendo que o PSDB se mantenha no governo. Defendo que o PSDB tenha um olhar para o Brasil, e como fazer para que as reformas continuem”, afirmou.

Após participar do desfile cívico em homenagem aos combatentes da revolução constitucionalista de 1932, na Capital, além de pedir um “olhar para o País”, o prefeito da capital considerou ser um gravíssimo erro, que pode agravar ainda mais a crise, pensar nesse momento apenas na questão partidária ou na oportunidade política.

“É preciso ter consciência e equilíbrio para tomar decisões. Não vejo que as decisões devam ser apenas de ordem partidária e política. Devem ser de ordem social”, disse o prefeito, fazendo uma defesa da aprovação das reformas trabalhista e da Previdência.

Doria evitou falar sobre qual seria o melhor nome para liderar o País neste momento. “Não vejo discussão em torno de nomes. Vejo discussão em torno do País, de qual é a melhor alternativa para estabilizar o País.”

Fonte: Estadao Conteudo

Alckmin indica que decisão sobre desembarque do PSDB é questão de semanas

Antonio Cruz / Agência Brasil

Na véspera de uma reunião que deverá reunir as principais lideranças tucanas para discutir o possível desembarque do PSDB da base aliada do governo do presidente Michel Temer (PMDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), indicou neste domingo, 9, que a decisão de seu partido sobre a permanência ou não na gestão do peemedebista é questão de semanas.

Após assistir ao desfile cívico em homenagem aos combatentes da revolução constitucionalista de 1932, neste domingo, 9, na capital, o governador reiterou o compromisso do partido com as reformas, mas adiantou que não vê motivo para o PSDB participar do governo depois da votação da reforma trabalhista, prevista para terça-feira, 11, no Senado, e após ficar claro se a reforma da Previdência vai prosperar ou não, o que, na sua previsão, deve ser conhecido em pouco tempo. Alckmin citou ainda que o partido deve aguardar a reforma política, que “também tem data”. Na sua avaliação, os tucanos devem ajudar o Brasil, “mas sem precisar participar do governo”.

Questionado sobre se este é o momento certo para o PSDB sair da base aliada que dá sustentação ao governo Temer, Alckmin respondeu que por ele encerraria a aliança, mas ponderou que o partido tem responsabilidade com o País e que um eventual desembarque pode gerar tumulto num momento em que o governo federal já encontra dificuldades para aprovar a reforma trabalhista.

“Eu encerraria. Vamos ter na terça-feira a decisão da questão trabalhista. É questão de semanas (para o PSDB tomar uma decisão). Olha que não fui favorável a entrar no governo, mas acho que nós deveremos encerrar esse período (das reformas). Depois disso, vejo que não há nenhuma razão para o PSDB participar do governo”, acrescentou.

E voltou a defender que o compromisso de seu partido não deve ser com o governo e muito menos com cargos. “Aliás, lá atrás (desde que Temer assumiu o comando do País) já tinha defendido que nós deveríamos aprovar todas as medidas de interesse do Brasil, as reformas, sem participar com cargos no governo”, frisou o governador.

Alckmin não confirmou se a reunião de emergência prevista para amanhã em São Paulo e que deverá reunir as principais lideranças tucanas, como governadores e parlamentares, está confirmada. Ele adiantou, porém, que este encontro não deverá ser o que baterá o martelo sobre os rumos da aliança do partido com o governo Temer.

Fonte: Estadao Conteudo