Aliados não querem ver Bessa na corrida pelo Buriti em 2018

Josemar Gonçalves/Cedoc

Eric Zambon
[email protected]

A possibilidade de o deputado federal Laerte Bessa (PR) integrar a corrida pelo Buriti em 2018 mexe com o brio de seus próprios aliados. Ontem, ele revelou existir “70% de possibilidade” de se mudar para o PMDB e aparecer como candidato no lugar do presidente da legenda no DF, Tadeu Filippelli, enrolado com a Operação Panatenaico. Se isso for concretizado, seus colegas de Câmara Alberto Fraga (DEM) e Izalci Lucas (PSDB) perderão a chance de governar Brasília.

A intenção do colega deixou Fraga receoso a ponto de refutar as declarações publicadas ontem no Jornal de Brasília. “Não acredito nessa história não. O Bessa é muito equilibrado para ter essa ideia”, disse o parlamentar, mesmo após o republicano ter repercutido a reportagem em suas redes sociais. “Mesmo se for verdade, não chegaremos ao ponto de disputarmos espaço. O acordo será mantido, aquele melhor ranqueado é que deverá ser o candidato”, afirmou o democrata, confirmando uma chapa encabeçada por DEM e PMDB para 2018.

O também deputado federal Izalci Lucas (PSDB) adotou tom apaziguador ao dizer que o republicano “está alinhado e teria muito a somar”. Os tucanos são tradicionalmente pouco representativos nos pleitos para governador no DF, então uma coligação com DEM e PMDB é o caminho mais provável. Os bons resultados de Izalci nas últimas eleições acenderam a chama da esperança de mudar essa situação, mas Bessa pode jogar água no chope tucano.

Entre os pares de Bessa no PR, as intenções do parlamentar não pegaram bem. O distrital Bispo Renato espera que o partido “faça de tudo” para manter o deputado na legenda, mas avisa: “ele disputaria vaga para deputado federal, para governador nosso nome é Jofran Frejat.”