Polícia Federal faz operação contra fraudes em benefícios do INSS em Goiás e DF

Ação investiga prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres públicos. São cumpridos mais de 100 mandados em 11 cidades
Por Murillo Velasco, G1 GO Foto: Reprodução/Divulgação – 06/06/2017 – 08:39:04

A Polícia Federal realiza, nesta terça-feira (6), uma operação para combater um grupo suspeito de fraudar benefícios previdenciários de pensão por morte e aposentadorias em Goiás e no Distrito Federal. Segundo a corporação, o esquema causou prejuízo de R$ 5 milhões aos Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
A Operação Oruza cumpre 11 mandados de prisão preventiva, 76 de condução coercitiva e 26 de busca e apreensão nas cidades goianas de Niquelândia, Padre Bernardo, Vila Propício, Porangatu, Trombas, Montividiu do Norte, Mutunópolis, Colinas do Sul e Formoso, além de Brasília.
Conforme divulgado pela Superintendência da PF em Goiás, as investigações começaram há dois anos, depois que foram identificadas concessões irregulares de benefícios rurais para o pagamento de pensão por morte. De acordo com a polícia, os valores eram recebidos de forma retroativa após a apresentação de declarações falsas emitidas por fazendeiros e sindicatos rurais.
O G1 entrou em contato, por email, com a assessoria de comunicação do INSS, e aguarda um posicionamento do órgão sobre o caso.

Alvos
A Operação Oruza investiga oito sindicatos, cinco advogados, três servidores do INSS, agenciadores, proprietários rurais e seus beneficiários e representantes legais. Segundo a Polícia Federal, uma advogada tentou impedir com que uma das beneficiárias do esquema não denunciasse a fraude, depois que ela descobriu que receberia um valor abaixo do que teria de ser pago.
De acordo com a PF, em dois dos casos investigados, a suposta mãe dos beneficiários menores de idade apresentou certidões de nascimento em que as crianças teriam sido geradas quando ela tinha entre 8 e 10 anos de idade e que o susposto segurado tinha morrido há 4 anos.

 

Todos são investigados pelos crimes de estelionato previdenciário, falsificação de documento público, fraude processual e organização criminosa.