Câmara Legislativa Pede Ao TJ Acesso A Áudios Vazados Da Drácon

    O vazamento de áudios de escutas instaladas no gabinete dos deputados distritais investigados pela Operação Drácon gerou reação da Câmara Legislativa. O presidente da Casa, Joe Valle (PDT), foi pessoalmente ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), nesta segunda-feira (6/3), para entregar ofício pedindo acesso à íntegra das conversas gravadas.

    Segundo Joe, a medida é necessária para balizar a decisão da Mesa Diretora, que deve reabrir a análise do pedido de investigação contra os distritais Raimundo Ribeiro (PPS), Julio Cesar (PRB), Bispo Renato Andrade (PR), a ex-presidente da Casa Celina Leão e Cristiano Araújo (PSD).

    Eles são acusados de fazer parte de esquema de suposto desvio de recursos de emendas na Câmara Legislativa. “Precisamos saber o que realmente existe nessas gravações. A Mesa Diretora anterior paralisou o processo e, agora, estamos analisando todo o material que temos para definir como iremos dar continuidade ou se iremos arquivar. Mas, para isso, é preciso que tenhamos o cuidado de saber tudo que estar acontecendo. Por isso, fui pessoalmente ao TJ para entregar o ofício”, declarou Joe Valle.O presidente do Legislativo ainda aguarda a decisão do TJDFT, que analisa nos próximos dias o pedido de afastamento dos distritais acusados na Operação Drácon.

    Gravações vazadas
    As gravações subsequentes à Operação Drácon expuseram as tentativas dos distritais de se desvincularem das acusações de desvios de emendas da saúde — em determinados casos, fazendo ataques a colegas.

    As gravações mostram, por exemplo, que Celina Leão, ex-presidente da Casa, recebeu no gabinete dela Jefferson Rodrigues Filho. Ele é acusado de clonar o celular do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e se passar pelo chefe do Executivo local, conforme áudios revelados pelo Metrópoles.

    Do gabinete de Cristiano Araújo, foram gravadas conversas em que ele fala sobre a importância de integrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde para, eventualmente, pressionar o governo. Apesar disso, ele e Julio Cesar pediram afastamento da comissão logo depois de a operação ser deflagrada, em 23 de agosto de 2016. Fonte: Metropoles.

    Informa Tudo DF