Eleições 2018: Evangélicos afirmam! “chegou a nossa vez, e hora de assumirmos o governo”

    Por Delmo Menezes

    Lideranças consultadas pelo Agenda Capital, afirmam que  estão preparadas para assumir uma disputa majoritária no DF

    Ronaldo fonseca-rodovalho-fadiPesquisas recentes indicam que no Distrito Federal, quase 1 milhão de pessoas se declaram evangélicas, ou seja, cerca de 31% da população, de acordo com dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan). Votos suficientes para eleger qualquer candidato na disputa majoritária, isto sem levar em conta, outras denominações religiosas que professam a fé cristã.

    Hoje o Distrito Federal está carente de uma nova liderança que consiga trazer de volta a esperança para milhares de Brasilienses, que estão preocupados com questões básicas do cotidiano, como emprego, saúde, segurança, transporte e moradia.

    Assim como ocorreu no Rio de Janeiro onde o candidato Marcelo Crivella (PRB), ligado ao segmento evangélico (Igreja Universal), conseguiu uma expressiva votação, elegendo-se prefeito da capital, no DF existe um movimento forte no sentido de reunir em torno de uma chapa majoritária, as principais lideranças evangélicas.

    O Agenda Capital ouviu as principais lideranças do segmento, e quase todas foram unânimes em afirmar que chegou a hora do evangélicos deixarem de ser coadjuvantes e lançar candidatura própria ao Senado e ao Governo do DF.

    No vácuo de uma liderança capaz de reunir nomes de peso no cenário político da capital, alguns pré-candidatos com grande potencial eleitoral, começam a despontar para ocupar este espaço, como é o caso do deputado federal, Ronaldo Fonseca (Pros), que está no seu segundo mandato, e tem sido um político influente dentro da Câmara Federal. Fonseca reúne em torno do seu nome, as principais lideranças evangélicas do DF, e cristãos de outras denominações, inclusive católicos.

    Ronaldo - Fonseca.Consultado pelo Agenda Capital, Ronaldo Fonseca que é pastor presidente da ADET (Assembleia de Deus de Taguatinga), afirmou que o seu nome foi colocado à disposição do grupo, e que se for consenso, poderá sim participar do processo eleitoral, representando o segmento, na disputa ao Governo ou ao Senado, descartando qualquer possiblidade de ser vice-governador.

    Ronaldo Fonseca disse ainda, que no primeiro semestre de 2017, deverá lançar a nível nacional, o Partido Republicano Cristão (PRC), fundado pelo parlamentar do DF, voltado aos princípios cristãos. De acordo com Fonseca, “a nova legenda vem para conquistar aqueles que sonham com um país justo e verdadeiramente democrático”. Para o parlamentar, “o problema da corrupção, não está na pluralidade partidária, e sim na qualidade dos partidos políticos”, disse.

    robson-rodovalho-624x583Em entrevista ao Agenda Capital, o Bispo Robson Rodovalho (PP), pastor e fundador da Igreja Sara Nossa Terra, que reúne milhares de membros no Brasil e em outros países, declarou que só poderá tomar uma decisão, a partir de fevereiro deste ano, depois de consultar as lideranças da sua igreja, e orar para que Deus o responda.

    Apesar de ainda não confirmar a sua candidatura, o Bispo Robson Rodovalho, sempre aparece nas pesquisas com boas intenções de votos, o que lhe credencia como potencial candidato ao Executivo ou Senado. Em 2006, Rodovalho foi eleito deputado Federal com expressiva votação, não somente dos evangélicos, mas também de outras denominações religiosas como a igreja católica, onde tem grandes admiradores, pela sua luta em prol da família. Nas eleições de 2010 preferiu ficar fora da disputa, se dedicando exclusivamente a administrar a Sara Nossa Terra, igreja da qual é Presidente.

    Fai-faraj..Outro nome forte sempre lembrado para uma chapa majoritária, é a do suplente de senador, apóstolo Fadi Faraj (SD), fundador da Igreja Ministério da Fé, considerado por muitos como um homem extremante dinâmico, e excelente gestor. “A maneira como você vai governar ou lidar com as primeiras coisas em sua vida, define um padrão de como o resto das coisas fluirão ou virão ser concretizadas”, afirma o pastor.

    sandra-farajEm 2014, a igreja Ministério da Fé, lançou a pastora Sandra Faraj (SD), irmã do apóstolo Fadi Faraj, e obteve êxito com a expressiva votação de 20.269 votos para deputado distrital. A distrital afirmou que o seu grupo político, não tem dificuldade nenhuma em apoiar um nome de consenso do segmento evangélico. Sandra declarou, que o nome que vier a ser escolhido deverá ser ficha limpa, ter densidade eleitoral e que tenha acima de tudo propostas concretas para governar o Distrito Federal.

    delmassoplenario3O deputado distrital Rodrigo Delmasso (Podemos), pertence a mesma denominação do Bispo Rodovalho, e foi enfático ao afirmar que “nunca na história do DF, o segmento evangélico esteve à frente de quatro partidos políticos, com bons tempos de televisão”. Delmasso disse ainda, que hoje o segmento tem excelentes quadros de homens e mulheres, com experiência no executivo. O parlamentar afirmou que “nós não podemos nos acovardar, a hora é nossa”.

    bisporenato03Outro nome com densidade eleitoral expressiva, é o do deputado Bispo Renato (PR). Para o parlamentar, o segmento ainda não tem nomes capazes de concorrer a uma disputa para o governo. Segundo o distrital, apenas dois nomes estão em condições de disputa ao Senado, o do pastor Ronaldo Fonseca (Pros) e o do Apóstolo Fadi Faraj (SD). Para o parlamentar, se houvesse união das lideranças, aí sim seria possível lançar um nome de “peso” para o Buriti, concluiu.

    Pr. Egmar -tavaresO pastor Egmar Tavares (PRB), presidente da Assembleia de Deus do Gama (ADEG), pertencente ao campo de Madureira, ressaltou que se houver união do segmento, “podemos fazer um vice-governador e um Senador tranquilamente”, afirmou. Para Egmar, o momento é apropriado, e os evangélicos não podem deixar passar em branco esta oportunidade. De acordo com o reverendo, “temos que unir forças, pois chegou a nossa vez”, disse.

    daniel-de-castroO cientista político, pastor Daniel de Castro, presidente regional do Partido Social Cristão (PSC) ligado ao ministério Assembleia de Deus Madureira, que tem como presidente mundial, o bispo Manoel Ferreira, declarou ao Agenda Capital, que chegou a hora dos evangélicos perderem o medo, e lançarem um nome forte ao GDF. Segundo Daniel que é suplente de deputado distrital, “não podemos mais ficar aguardando sermos convidados. Eles é que tem que vir compor conosco”, afirmou.

    Outra liderança que obteve nas últimas eleições uma boa votação (8.452 votos), foi a do pastor Iolando (sem partido). O evangélico pertence à igreja Assembleia de Deus Ministério de Missão, que tem como presidente, o Pastor Orcival Xavier. Iolando afirmou ao Agenda Capitalque tem se encontrado com bastante frequência com lideranças evangélicas, e que apoia o nome que for escolhido para disputa majoritária no DF.

    Ronaldo Fonseca.-670x422Um grupo de evangélicos presidentes de partidos políticos, estão se movimentando para lançar a “Frente Partidária em Defesa da Família”, e que deverão no momento oportuno, ouvindo as demais lideranças evangélicas, sugerir um nome para o Executivo. A Frente Partidária tem como representantes até o momento, o deputado Rodrigo Delmasso (Podemos), o deputado federal Ronaldo Fonseca (Pros), o suplente de deputado distrital Daniel de Castro (PSC), o presidente do PRB, Wanderley Tavares e o presidente do PHS, Cristian Viana. Segundo Delmasso, este grupo poderá se fortalecer ainda mais, com outras lideranças, para unirmos forças e lançarmos um nome de consenso ao governo do DF, explicou o parlamentar.

    O Agenda Capital, fez um levantamento sobre os votos válidos obtidos pelos principais candidatos evangélicos do DF nas eleições de 2014, chegando ao expressivo resultado de 350 mil votos, considerando apenas os mais votados.

    É claro, que muita “água ainda vai rolar por debaixo desta ponte”. Não resta dúvida, que se houver união das lideranças evangélicas no DF em torno de um nome, com certeza, o resultado será no mínimo um segundo turno.

    É bom lembrar aos senhores pré-candidatos, que eleição se ganha com grupo e união. Se não tiver um grupo forte, um projeto factível, uma boa articulação política e sensibilidade aos graves problemas que o DF enfrenta, dificilmente qualquer pretenso candidato ao Buriti, obterá êxito na disputa. Os tempos são outros, a população está mais esclarecida! Fonte: Da Redação do Agenda Capital.

    Informa Tudo DF