Bilhete único: Será que agora vai?

    Bilhete único começa a valer em fevereiro de 2017, garante Rollemberg

    Anúncio foi feito pelo governador durante balanço de sua gestão, nesta sexta-feira (16/12), em evento no Mané Garrincha

    Por Guilherme Waltenberg/Rafaela Felicciano/Metrópoles – 16/12/2016 – 17:16:15

    Ao fazer um balanço da sua gestão em 2016 e anunciar as principais ações do Governo do DF para o ano que vem, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) garantiu nesta sexta-feira (16/12) que a partir de fevereiro entra em vigor o bilhete único. A medida vai permitir o pagamento de uma única passagem aos passageiros de ônibus que tenham de utilizar duas linhas diferentes para chegar ao seu destino. A integração com o metrô está prevista para entrar em operação logo em seguida, até o final de março.

     

    Durante o balanço, o socialista afirmou que a cidade evoluiu apesar das dificuldades e disse vislumbrar um 2017 mais promissor. Na apresentação, ele evitou falar de problemas. Mas frisou que encerra o ano com um déficit de R$ 1,2 bilhão nas contas, bem abaixo dos R$ 2,5 bilhões registrados em 2015.

     

    Lembrou que ao contrário de estados importantes, que não estão pagando salários dos servidores, está com a folha rigorosamente em dia e com o 13º pago. “Isso, para a gente, é motivo de muita alegria”, destacou, sem falar, entretanto, que não pagou o reajuste previsto para 2015.

     

    Áreas públicas

    Rollemberg preferiu realçar as ações de seu governo. Destacou, por exemplo, a devolução para a sociedade de mais de 11,5 milhões de metros quadrados (m²) de terras públicas. De acordo com ele, no Sol Nascente, em Ceilândia, a retirada de invasões possibilitou o início das obras de infraestrutura. “Até o momento, foram 63 vias asfaltadas e 13 quilômetros de drenagem de águas pluviais. Além disso, 612 lotes receberam ligações de água e esgoto”, explicou.

     

    Citou, ainda, o Projeto Orla Livre, que, segundo o governador, vai revitalizar 38 quilômetros de margens do Lago Paranoá, com quiosques, ciclovias, banheiros e áreas para a prática de esportes, entre outros benefícios.

     

    A crise hídrica foi outro ponto detalhado. Rollemberg contou que após 16 anos sem qualquer tipo de investimento no setor, o governo determinou a construção do reservatório do Bananal, no fim da saída norte. A represa vai aliviar o reservatório do Descoberto — o maior do Distrito Federal — e levar água tratada para centenas de milhares de pessoas residentes no Plano Piloto, Cruzeiro e Lago Norte. Na obra, disse, serão gastos R$ 12 milhões (mais R$ 8 milhões com equipamentos).

     

    Veja outros pontos elencados pelo governador:

     

    – Programa Qualifica Mais Brasília, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos: 10,5 mil pessoas se formaram em algum dos cursos ofertados gratuitamente em 2016.

    – 30% dos que procuraram alguma das 18 agências do trabalhador espalhadas pelo DF em 2016 conseguiram ser inseridos no mercado de trabalho. O índice é o dobro do registrado no mesmo período de 2015.

    – Construção ou reforma de 17 terminais rodoviários, todos equipados com lanchonetes, bicicletários e banheiros com acessibilidade.

    – Pente-fino feito pelo Transporte Urbano do DF (DFTrans) resultou no cancelamento de 41 mil cadastros do Passe Livre Estudantil, o que levou o governo a economizar aproximadamente R$ 10 milhões.

     

    – A rede pública brasiliense também se destacou pelo número de transplantes de coração e de fígado. Foram, respectivamente, 31 e 55 nos primeiros nove meses de 2016. Considerando a proporção de habitantes, por milhão de população (PMP), o DF é o primeiro em transplante de fígado, com 25,2 PMP, e está no mesmo patamar quanto aos procedimentos de coração (14,2 PMP), córnea (354 no total e 161,9 PMP) e medula óssea (53 no total e 24,2 PMP).

    – Mais de 70% das gestantes brasilienses fizeram sete ou mais consultas de pré-natal, média acima da nacional

    – Na área habitacional, o governo de Brasília entregou 22,4 mil escrituras, o que significa um terço do distribuído em toda a história da cidade. O Executivo ainda regularizou 35 templos religiosos no DF. (Com informações da Agência Brasília)