Paranoá: Secretaria de Saúde suspendeu cirurgias no Hospital Regional da Cidade

    Hospital público suspende cirurgias no DF por falha em ar-condicionado
    Problema ocorre há uma semana; secretaria aguarda compressores. Pacientes também relatam falta de profissionais e filas longas.
    22/09/2016 13h48 – Atualizado em 22/09/2016 13h48
    Do G1 DF

    A Secretaria de Saúde do Distrito Federal suspendeu cirurgias no Hospital Regional do Paranoá após falhas no aparelho de ar-condicionado do centro cirúrgico, quebrado há mais de uma semana. Pacientes também reclamam da falta de médicos no pronto-socorro. Em nota, a direção disse que havia apenas um profissional de plantão na manhã desta quinta-feira (22). Além disso, informou que internados que aguardam operação recebem “assistência necessária”. Não há previsão para normalizar a situação.

    Acompanhantes reclamam da situação. “É um descaso total com a saúde do povo. Tem gente acidentado que precisa de cirurgia com urgência e está esperando esse ar-condicionado”, disse a técnica em enfermagem Nanci Maria de Siqueira.

    Em vídeo, uma mulher de 36 anos que fraturou a coluna conta que já teve a cirurgia desmarcada duas vezes. “Eu já não aguento mais ficar aqui acamada”, declarou.

    O lavrador Antônio Gregório conta que o pai dele, que tem 83 anos, fraturou o fêmur. O idoso também teve a cirurgia remarcada duas vezes. O homem pediu para ser levado para casa. “Vou morrer aqui. Deixa para eu morrer em casa, me leva para casa”, pediu.

    Em nota, a Secretaria de Saúde informou que foram adquiridos 11 compressores de ar-condicionado para restabelecer o funcionamento do sistema no Hospital Regional do Paranoá. A pasta aguarda a entrega dos aparelhos para fazer a instalação, ainda sem data prevista.

    A falta de profissionais no pronto-socorro também incomodou pacientes, e houve longas filas na manhã desta quinta (22). A direção do hospital disse que, como havia apenas um plantonista, remanejou um profissional do ambulatório para auxiliar no serviço.

    A doméstica Marinês Marques conta que ficou mais de 24 horas na fila, com dores no peito. “Eu quero ser atendida e não consigo. É difícil.” Não houve triagem dos pacientes pela manhã. Fonte: G1 DF

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