Mais compras sem licitação: GDF estende situação de emergência na saúde

    A situação autoriza o governo a realizar compras sem licitação, além de agilizar remanejamento de recursos. Mesmo assim,  muitos medicamentos ainda estão em falta no DF.

    88

    Pela quarta vez seguida, o GDF estende situação de emergência na saúde

    Mudanças

    JORNAL DESTAK – 01/08/2016 – 07:46:33

    Pela quarta vez seguida, o GDF prolongou o decreto de Situação de Emergência da saúde. Para o governo, os 18 meses de duração da medida ainda não foi suficiente para “afastar o risco de desassistência” à população.

    Com a medida, a Secretaria de Saúde tem o remanejamento recursos agilizado. Dos R$6,5 bilhões previstos no orçamento deste ano, R$3 bilhões já estavam comprometidos até o final de julho. O governo recebeu ainda R$313 mil em verba suplementar.

    O decreto também autoriza o governo a realizar compras sem licitação. Entre as aquisições previstas no orçamento da Secretaria está a compra de medicamentos. Segundo a saúde, apesar das compras, 50 ainda estão em falta.

    A escassez não é característica apenas dos remédios. A rede conta hoje com 410 leitos de UTI, número insuficiente para a demanda. Na última sexta- feira (28) havia 90 pacientes esperando vaga.

    Desde 2015, os leitos de UTI tiveram o acréscimo de apenas 10 vagas. Segundo dados da Defensoria Pública do DF, até 20 de julho foram registrados 470 ações judiciais pedindo vaga no tratamento intensivo.

    Espera

    A moradora de Santa Maria, Tereza do Santos, de 58 anos, procurou a Defensoria Pública para pedir a realização de cirurgia de tireóide, devido um câncer. Segundo a filha, Neide Braga, a cirurgia só foi possível com ajuda da Justiça. “Quando chegava o dia de fazer a cirurgia, desmarcavam. Lá no Hospital de Base mesmo, não tinha nem dipirona”, conta.

    A falta de medicamentos não ocorre apenas no hospital, mas também na Farmácia de Alto Custo. Uma das beneficiárias, Denise da Costa, de 35 anos, espera pelo medicamento Hydrea, para tratamento de anemia falciforme. “Ele está em falta desde novembro de 2015”, afirma.

    Segundo a Secretaria de Saúde, há ausência de fornecedor. Contudo, pacientes afirmam encontrar o medicamento nas farmácias convencionais. A pasta diz que está monitorando todos os estoques rigorosamente.

    Mudanças

    O governo pretente aprimorar os serviços de atenção primária com o programa Saúde da Família, aumentando cobertura de equipes de visitação à comunidade de 30,7% para 62% até 2018. Fonte: Jornal Destak

    Informa Tudo DF