Circular assinada pelo gerente geral da UPA determina que os funcionários não informem a população quando profissionais estiverem ausentes. Unidade alega que medida evita apenas o repasse de dados errados
RONDON VELLOZO/MINISTÉRIO DA SAÚDE
Está cada vez mais complicada a situação da saúde pública do Distrito Federal. Se não bastasse a falta de medicamentos, equipamentos, UTIs e médicos, agora o cidadão não tem mais acesso nem a informações.
O Metrópoles recebeu um documento, assinado pelo gerente-geral da Unidade Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho II, proibindo os funcionários de comunicarem aos pacientes sobre a falta de médicos no local. A circular avisa que a informação “está restrita aos supervisores de emergência”.
Daniel de Souza Mattos Vidal, gerente que assinou o documento, nega que o episódio seja um descaso com a população. Segundo ele, o comunicado tenta apenas controlar a forma como as notícias são repassadas para os pacientes, evitando, assim, “alguma informação errada”.
Nós já tivemos problemas com informações erradas. Um funcionário falou na recepção que não havia médico na UPA e, na verdade, tínhamos quatro médicos atendendo. Queremos apenas evitar que a população seja atingida por um funcionário desinformado“
Questionado sobre o que acontecerá caso alguém desobedeça à ordem de não repassar informações aos pacientes, Daniel Vidal disse que o funcionário sofrerá sanções administrativas de acordo com a lei. “Isso não quer dizer que o paciente não terá informação, apenas que ela será repassada ou por mim ou pelo supervisor da emergência.” Fonte: Metropoles.
Informa Tudo DF