GDF planeja mais mudanças no primeiro escalão

    A articulação política deve ser reforçada e secretários, como o da Saúde, devem dar lugar a outros nomes

     

    Mais mudanças estão por vir no primeiro escalão do Governo do Distrito Federal. Embora a crise financeira e política não permita que o governador Rodrigo Rollemberg empreenda todas as mudanças que deseja, algumas trocas  devem ser feitas na equipe. A articulação política deve ser reforçada e secretários, como o da Saúde, devem dar lugar a outros nomes.

    Oficialmente, a Subsecretaria de Relações com a Imprensa diz que não há informações sobre reforma e que o governador acaba de anunciar o nome da nova secretária de Segurança Pública, a única pasta que tinha uma interina no comando. Mas, nos bastidores, mudanças são esperadas já a partir da próxima semana. Fábio Gondim, da Saúde, protagonizou recentes  episódios polêmicos e deve ser o primeiro secretário a ser substituído.

    A nomeação de  José Flávio Oliveira como assessor especial da Casa Civil terá peso relevante. O governo diz que ele chega para “reforçar o time da articulação”, mas ele deverá ter papel importante nas negociações políticas. Oliveira conta com experiência para  articular a aprovação de projetos espinhosos que devem entrar em pauta neste ano. Elogiado pela experiência no Legislativo, ele  tem ótimo trânsito com parlamentares de vários partidos, incluindo os da oposição.

    Igor Tokarski, atual secretário adjunto de Relações Institucionais e Sociais, teria as bênçãos do governador, que se diz satisfeito com a atuação do articulador na Câmara Legislativa, mas a ida dele para a chefia do gabinete também não estaria totalmente descartada.

    Mudanças pontuais

    Ex-secretário de Relações Institucionais e Sociais, Marcos Dantas aposta em mudanças pontuais.  “Uma mexida grande criaria  problemas de ordem prática, orçamentária e gerencial”, diz o atual secretário de Mobilidade, para quem não há clima para se fazer uma nova reforma. “Não senti essa disposição”, repetiu.

    Dantas, que é muito próximo ao governador — e presidente licenciado do PSB-DF — reconheceu que o governador quer “terminar algumas coisas”, mas que ele não teve acesso ao “cronograma da reforma”.

    Nos corredores  do Palácio do Buriti, fala-se na disposição do governador em retornar o companheiro de partido Jaime Recena para a chefia de uma secretaria – depois da última reforma, a pasta de  Turismo se juntou à de Economia e de Desenvolvimento Sustentável, sob a gestão de Arthur Bernardes.

    Para atender à base aliada

    O governador Rodrigo Rollemberg prometeu a alguns deputados distritais que aproveitaria o mês de janeiro para vitaminar a base aliada do Executivo na Câmara Legislativa. Os parlamentares estão na expectativa de mudanças e isso inclui a abertura de espaços no governo.

    Marcos Dantas reconhece que o realinhamento a ser proposto por Rollemberg tem “possibilidade de ser para atender à base”.

    A reforma na equipe de articulação política vai de encontro à redivisão dos espaços. Dantas confirma que o governador está satisfeito com a atuação de Tokarski na Casa. “Igor foi uma surpresa muito agradável”, diz o ex-articulador do Executivo.  “Ele conseguiu desenvolver muito bem o papel. Prova disso é que aprovou matérias importantíssimas”.

    Ele elogiou a experiência de José Flávio e disse que a chegada dele é positiva, “se for ajudar na articulação”. “Ele conhece bem todos os caminhos da Câmara”, resumiu.

    Saiba mais

    O realinhamento da base aliada  está entre as principais tarefas deste início de ano.

    Para hoje, na agenda do governador, já tem uma reunião prevista com o distrital Juarezão (PRTB), às 17h.

    Os demais aguardam ansiosos a chamada para se sentar no gabinete mais importante do Buriti. Fonte:  Jornal de Brasília.

    Informa Tudo DF.