PRÓ-DF: Governo vai rever concessão de lotes a empresários. Se uma grande empresa quiser se instalar… Aí doação de lote vai para análise

    “Se uma grande empresa quiser se instalar, e a proposta valer muito a pena para o DF, é claro que podemos analisar a doação do lote” Secretário Arthur Bernardes.

    GDF vai rever concessão de lotes a empresários como incentivo à economia local

    A Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável tem reunido diversas irregularidades acumuladas no período do chamado Pró-DF, programa que, em governos anteriores, desvirtuou-se e acabou não cumprindo o papel de desenvolver a economia local

    O governo do Distrito Federal está decidido a mudar a lógica da concessão de incentivos a empresários. Pelo menos no discurso, a estratégia da doação de lotes ficou no passado.Para sustentar a necessidade de um novo modelo de atração de empresas, a Secretaria de Economia e Desenvolvimento Sustentável tem reunido diversas irregularidades acumuladas no período do chamado Pró-DF, programa que, em governos anteriores, desvirtuou-se e acabou não cumprindo o papel de desenvolver a economia local.

    “Se uma grande empresa quiser se instalar, e a proposta valer muito a pena para o DF, é claro que podemos analisar a doação do lote, mas esse não será nosso modelo”Secretário de Economia e Desenvolvimento Econômico, Arthur Bernardes

    De acordo com levantamento preliminar antecipado ao Fato Online, 30% das empresas contempladas pelo Pró-DF nos últimos cinco anos não existem mais. Isso quer dizer que em três de cada 10 casos, os empresários se deram bem com os incentivos e hoje não geram mais nada de emprego e renda para o DF, ou nunca geraram.

    Especulação

    O atual governo se diz convencido de que a doação de lotes sem critérios rígidos serviu apenas para facilitar a atuação de especuladores. Um caso emblemático da jogatina em que se transformou o Pró-DF, segundo o secretário de Economia e Desenvolvimento Econômico, Arthur Bernardes, é o de um terreno cujo preço saltou, em 10 meses, de R$ 2 milhões para R$ 20 milhões.

    Ainda não há data para a conclusão dos estudos que resultará na nova aposta do Executivo, mas Bernardes adiantou que a proposta mais viável será conceder o uso da terra a partir de uma série de exigências de contrapartida, podendo o industrial, com o passar dos anos, adquirir o lote diretamente da Terracap (Agência de Desenvolvimento do DF).

    “Se uma grande empresa quiser se instalar, e a proposta valer muito a pena para o DF, é claro que podemos analisar a doação do lote, mas esse não será nosso modelo”, afirmou o secretário.

    Fonte: Fato Online