Por falta de quórum, Câmara encerra sessão sem aprovação de nenhum projeto

    Por falta de quórum, Câmara encerra sessão sem aprovação de nenhum projeto
    Ao contrário do que combinaram no começo de abril, parlamentares aproveitaram a galeria cheia de servidores para fazer pronunciamentos         
            

    Plenário: distritais descumpriram ontem acordo fechado de analisar vetos e projetos de interesse deles  (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 10/4/14 )

    Plenário: distritais descumpriram ontem acordo fechado de analisar vetos e projetos de interesse deles

    Os distritais voltaram à velha rotina e não apreciaram nenhuma matéria na sessão ordinária de ontem. Apesar do acordo feito mais cedo pelo Colégio de Líderes de apreciar matérias de interesse dos deputados e vetos do governo a projetos de lei que passaram pela Casa, não houve quórum para deliberações. Foi a primeira terça-feira deste mês na qual eles não votaram, apesar do compromisso firmado pela maioria dos parlamentares em fixar o dia para análise de projetos. Um total de 19 deputados passou em algum momento pelo plenário, mas o encontro foi encerrado com a presença de apenas nove parlamentares. O mínimo para votações é de 13 presentes.

    Dos 24 distritais, Arlete Sampaio (PT), Patrício (PT), Evandro Garla (PRB), Paulo Roriz (PP) e Washington Mesquita (PTB) não estiveram presentes. Apenas a líder do governo apresentou justificativa. Arlete está em viagem oficial. O máximo que os deputados fizeram foi usar a tribuna para fazer pronunciamentos. O uso da palavra foi estratégico, uma vez que a galeria estava repleta de servidores da área de assistência social.

    A categoria, que tem quase 4 mil servidores, está dividida desde que o GDF encaminhou um projeto de lei para apreciação da Casa, que cria a carreira socioeducativa. Com isso, cerca de 800 servidores serão desligados automaticamente da área. O Executivo alega que enviou o projeto porque precisa estruturar a rede de atendimento a crianças e adolescentes, principalmente no que diz respeito às medidas aplicadas a infratores. No entanto, o restante da categoria não concorda e quer garantia de benefícios. Como o tema não seria apreciado ontem, já que depende do envio de uma segunda proposta pelo governo, os deputados preferiram não permanecer em plenário. A discussão deve voltar à pauta hoje.