Comissão terá que indicar um parlamentar ou advogado para defender o distrital (Foto: Odir Ribeiro)
Na tarde desta quarta-feira, 12, o caso Benedito Domingos (PP) teve mais um capítulo. A Comissão de Ética da Câmara Legislativa não aceitou requerimento que pedia a prorrogação de mais 30 dias para a defesa do parlamentar.
De acordo com o presidente da comissão, Dr. Michel (PP), o próximo passo para o prosseguimento do processo é a escolha de um defensor dativo que pode ser um parlamentar da própria Casa. Caso nenhum parlamentar queira defender Benedito, a Ordem dos Advogados do DF será convocada para escolher um defensor para o deputado.
Todo esse imbróglio aconteceu porque Benedito perdeu o prazo para apresentar a sua defesa. Agora, o desafio do distrital é achar algum colega que queria o defender. Os membros da Comissão de Ética e de Constituição e Justiça estão impedidos de fazer a defesa do parlamentar. Portanto, restam 15 deputados distritais, mas devido ao desgaste do ano eleitoral, será difícil que algum dos seus colegas aceite essa missão.
Sessão Suspensa
A sessão desta quarta foi suspensa e só será reaberta depois da escolha do defensor dativo. Depois de escolhido o nome, a defesa de Benedito terá 15 dias para apresentar a versão do deputado.
Os votos
Votaram contra o requerimento os deputados Dr. Michel (PP), Agaciel Maia (PTC), Patrício (PT) e Joe Valle (PDT). O deputado Olair Francisco optou pela abstenção. A reunião da comissão foi suspensa por volta das 16h30 para que o presidente, deputado Dr. Michel, consulte os demais distritais, antes de fazer a indicação do defensor. “Se tivermos um nome amanhã (quinta-feira), retomamos a reunião no mesmo dia,” afirmou Michel.
Degola
Parlamentares ouvidos pelo Guardian Notícias afirmaram que a situação de Benedito Domingos é delicada, e caso o processo vá a plenário, a sua cassação é certa, já que a votação será aberta e ninguém vai querer se expor para salvá-lo.
Entenda o caso
Benedito Domingos foi condenado, em outubro do ano passado, por corrupção passiva, formação de quadrilha e fraude a licitações. Ele é acusado de ter favorecido empresas da família na contratação da ornamentação natalina de 22 regiões administrativas em 2008.
A sentença de segunda instância é do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), formado por desembargadores. A decisão provocou a reabertura do processo de cassação contra o distrital na Câmara. Desde o ano passado, ele vem tentando ganhar tempo e luta na Justiça para impedir o andamento do caso.
Por Thiago Romeiro
guardian
