Irã alerta países para ‘grave consequência’ de acordo com Israel

Bahrein e EAU firmaram pacto de normalização diplomática

Desde que o acordo foi assinado, os sistemas de alerta antimísseis de Israel não pararam de tocar.

O presidente do Irã, Hassan Rohani, informou nesta quarta-feira (16) que seu governo considerará os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein como “responsáveis por todas as graves consequências que derivarão” do acordo diplomático assinado por eles com Israel.

A afirmação, dada durante uma reunião de ministros transmitida pela TV local, veio na sequência da cerimônia da assinatura realizada na Casa Branca nesta terça-feira (15).

“Como vocês puderam estender a mão para Israel? E vocês ainda querem dar bases para eles [EUA] na região?”, disse Rohani ressaltando que “alguns Estados regionais” têm “líderes que não entendem nada de religião e ignoram a própria dívida que tem com a nação palestina e com seus irmãos que falam a mesma língua”.

Para Rohani, os israelenses “cometem cada diz mais crimes na Palestina”. O discurso segue a linha do líder supremo do Irã, Ali Khamenei, que havia dito que Dubai e Manama “traíram” os palestinos.

Com a assinatura do acordo de normalização diplomática, o governo de Israel agora tem pactos com apenas quatro países da região: além de Bahrein e EAU, já havia sido assinado o termo com a Jordânia (1994) e Egito (1979).

– Tensão continua em Gaza: Desde que o acordo foi assinado, os sistemas de alerta antimísseis de Israel não pararam de tocar.

Tanto durante a noite desta terça como na madrugada de hoje, dezenas de mísseis foram lançados de Gaza para Negev e Sderot e das cidades israelenses contra a Faixa de Gaza. Analistas preveem que os conflitos continuarão a aumentar por conta da assinatura do acordo.

Pouco antes de embarcar de volta para Jerusalém, o premier israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que “terroristas palestinos” não querem a paz. O político ainda ressaltou que vai focar seu governo agora em três pontos principais: “combater o coronavírus, combater o terrorismo e alargar o círculo da paz”. Fonte: Terra