Relator vota por manter Witzel afastado do governo do Rio. Placar ficou 5 a 1 pela saída de Witzel do governo

Rio de Janeiro - Pronunciamento do governador Wilson Witzel e secretários de Estado, no Palácio Guanabara, sobre a morte da menina Ágatha Félix durante ação da Polícia Militar no complexo de favelas do Alemão. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Ministro Benedito Gonçalves confirmou em colegiado a própria decisão, que tirou Witzel do cargo na sexta (28). Voto já foi seguido por quatro ministros

O ministro Benedito Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), votou nesta quarta-feira (2) para manter o afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

Em seguida, os ministros Francisco Falcão, Nancy Andrighi, Laurita Vaz e Maria Thereza de Assis Moura corroboraram a decisão de Gonçalves e também defenderam o afastamento. Já o ministro Napoleão Nunes Maia Filho votou contra o entendimento. Com isso, o placar ficou 5 a 1 pela saída de Witzel do Executivo.

Wilson Witzel, afastado do governo do Rio de Janeiro

Wilson Witzel, afastado do governo do Rio de Janeiro

Antonio Lacerda/EFE 

A Corte Especial vota hoje se mantém ou não a determinação de Gonçalves, que, em um despacho individual da última sexta-feira (28), ordenou o afastamento de Witzel por 180 dias após pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). Ele é suspeito de desvios de dinheiro destinados a saúde em meio a pandemia do novo coronavírus. O suspeito nega as acusações.

A Corte Especial é composta por 15 ministros, mas quatro se declararam suspeitos por ligação com os advogados de defesa e não participam. São necessários dez votos para a manutenção do afastamento.

O julgamento começou pouco após às 14h. Ministros que participam do julgamento são: Benedito Gonçalves (relator), Raul Araújo, Isabel Gallotti, Antonio Carlos Ferreira, Villas Bôas Cueva, Marco Buzzi, Francisco Falcão, Nancy Andrighi, Laurita Vaz, Maria Thereza de Assis Moura, Napoleão Nunes Maia Filho, Og Fernandes, Luis Felipe Salomão, Mauro Campbell Marques, Humberto Martins (presidente). Fonte: R7