Paranoá Parque: Desafios da comunidade face ao Covid-19

Um mini documentário mostra os desafios do residencial de baixa renda Paranoá Parque, no Distrito Federal, durante a pandemia do novo coronavírus.

Por Silvano Lima

O Informa Tudo DF lança nesta segunda-feira, 31, um mini documentário que mostra como o Paranoá Parque, que possui cerca de 25 mil habitantes, está enfrentando a pandemia do novo coronavírus.

O Jornalista Silvano Lima percorreu o condomínio, falou com a comunidade, fez registros, fotos, vídeos e colheu depoimentos para mostrar como está a situação das pessoas durante a pandemia e como elas vem reagindo a esse período.

Segundo a Secretaria de saúde do DF, desde o início da pandemia, o Distrito Federal registrou até esta data 160.796 casos com 2.469 mortes por Covid-19.

O Paranoá Parque não tem uma estatística oficial a respeito do novo coronavírus, mas a região do Paranoá, onde ela está localizada o condomínio residencial, já registrou vários casos da Covid-19 e algumas mortes mortes.

As comunidades mais carentes, por terem muitas pessoas concentradas em espaços pequenos, sempre foram motivo de preocupação. Além disso, os moradores não podem parar de trabalhar e muitos não conseguem fazer home office.

Quem também sofre são crianças e adolescentes que precisam estudar, mas não conseguem. Muitos alunos não tem internet nem dispõem de aparelhos como tabletes ficando assim com os conteúdos didáticos atrasados.

Em todo Paranoá Parque existem 27 quadras, cada quadra é considerada um condomínio que é administrado por um síndico, eleito dentre os próprios moradores para representar cerca de 240 unidades (apartamentos).

Alguns síndicos do Paranoá Parque buscam parcerias e conseguem doações de cestas básicas para as famílias mais carentes, isso tem ajudado nesse momento de dificuldade.

Nas quadras do Paranoá Parque, os moradores contribuem com um rateio para cota condominial que varia entre cerca de 55 a 100 reais, dependendo do condomínio.

Os valores arrecadados são destinados para manutenções nos condomínios, como por exemplo; Limpeza das caixas de gordura e esgoto, pagamentos e água da área comum e das luzes dos prédios, além de laudos como do para-raios e contratação do seguro condominial obrigatório. O condomínio também precisa de manutenções e reparos na parte elétrica e a lavagem da caixa geral de água (castelo D’água).

Por conta da recessão causada pelos reflexos da covid-19, a inadimplência tem aumentado em alguns condomínios no Paranoá Parque. Isso tem preocupado síndicos e condôminos por conta das muitas obrigações financeiras que são atribuídas nas quadras do condomínio residencial.

José Ferreira é cabedeleiro, tem um treiler na avenida do Paranoá Parque e de terça-feira a domingo atende seus clientes moradores do residencial. Ao Informa Tudo DF José Ferreira disse acreditar que muitas pessoas não estão preocupadas com o isolamento social, ou não estão dando a devida importância.

“E comum você ver rodinhas de pessoas pelas ruas, conversando as vezes bebendo com aglomeração, isso acontece frequentemente”, disse.

Mariana é moradora da quadra 3.6.1 do residencial e tem um treiler com esmaltaria, onde atende suas clientes na avenida principal do Paranoá Parque. Ela contou ao Informa Tudo DF que o seu esposo contraio o novo coronavírus e falou da dificuldade de fazer isolamento num apartamento morando junto com o esposo e 3 filhos. “Não tem como fazer”, disse.

Samara Ribeiro que também mora no condomínio na quadra 3.2.6 e trabalha com treiler de salgados no Paranoá Parque disse que não recebe auxilio do governo e precisa trabalhar. Por isso não tem como fazer isolamento.

Muitos moradores do residencial recebem o auxilio emergencial o que tem sido de grande valia para atravessar esse período critico que se agravou por conta da pandemia.

Elmar Avelino é morador da quadra 3.4.1 do Paranoá Parque, trabalha com reciclagem e falou sobre a importância da ajuda.

Percebe-se que infelizmente a desenformação das pessoas ainda é alta em alguns casos.

É fato que não podemos esperar que as pessoas fiquem em casa para sempre e se abstenham do contato social até aparecer uma vacina para vencer a guerra contra a Covid-19.

O recomeço das atividades depende de clareza de informação e de políticas corretas. Depende de esclarecimento e bons exemplos. Não podemos ficar parados enquanto a vacina não vem.

Já existem algumas vacinas sendo testadas, algumas no Distrito Federal. Segundo a imprensa a probabilidade é que em janeiro de 2021, ficando tudo resolvido entre institutos, empresas e governo, comecem a vacinação em massa da população.

Ficamos na torcida para que tudo se resolva e aos poucos a normalidade volte com pessoas melhores e mais conscientes.

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Da Redação Informa Tudo DF